Oitenta policiais civis tomaram conta de Almirante Tamandaré no início da manhã de ontem para combater o tráfico de drogas. Em menos de duas horas, cinco pessoas foram presas e foram apreendidos vários tipos de entorpecente.

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A operação teve início às 6h. Os policiais cumpriram 19 mandados de busca e apreensão, a maioria deles na região do Morro dos Amores, ao lado do portal de Tamandaré. Um dos mandados foi cumprido em Piraquara, em uma residência que seria depósito de uma das quadrilhas, mas nada foi localizado no endereço.

Foram apreendidas 120 pedras de crack, 22 gramas de cocaína, 50 gramas de maconha, uma arma de brinquedo, munições, mais de R$ 1.500,00 e uma pequena quantia em dólar. Também foi apreendida uma espada ninja Katana na residência de um dos suspeitos.

A maioria dos detidos estava reunida em uma das casas que foram vistoriadas em Tamandaré. Lino Lins de Souza, 36 anos, e Antônio Rodrigo Gonçalves Paulino, são apontados pelo delegado Guilherme Rangel, da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc) como gerentes do tráfico em Tamandaré.

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Lino nega. Ele garante que trabalhava como pedreiro e, como faltou dinheiro para sustentar os três filhos e um enteado, começou a traficar há pouco tempo. “Eu mais consumo do que vendo”, desabafa. O irmão dele, Leandro Rodrigues de Souza, também foi preso juntamente com Solange da Luz Ferreira e Tailon Souza de Cristo. Todos foram autuados em flagrante por tráfico de drogas.

Investigação

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A operação coordenada pela Denarc contou com a participação de policiais do Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (Tigre), Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) e Centro de Operações Policiais Especiais (Cope). Todos tiveram a cobertura de uma equipe no helicóptero do Grupamento Aéreo.

A região foi escolhida para a realização da operação porque registra um alto índice de homicídios e recebeu muitas denúncias da população através do telefone 181. Segundo Rangel, Lino e Antônio Rodrigo podem ter envolvimento com mortes de usuários de drogas, furtos e roubos na cidade.

De acordo com o delegado, a quadrilha aterrorizava os moradores da região e agia sempre durante a noite e a madrugada. “Eles tentaram impor toque de recolher e perturbaram muito a comunidade. Chegaram a anunciar que lá a polícia não entraria”, conta Rangel.

Os presos foram transferidos aos Centros de Triagem I e II, e as investigações continuam em busca das ramificações da quadrilha em toda a Região Metropolitana.