“Vamos nos reunir no IML à meia-noite de domingo e dar início à paralisação”, assegurou Fiedler, lembrando que tudo o que os peritos querem é que o plano de carreira chegue às mãos do presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão. “Na Assembléia nós temos maior poder de negociação”, salientou.
Confirmação
Em todo o Paraná, existem cerca de 400 peritos e legistas. Cerca de 100 deles estiveram reunidos em assembléia ontem à tarde para confirmar a greve. Desde quinta-feira que não é emitido nenhum laudo pericial ou qualquer outro documento e com a greve, corpos de vítimas de mortes violentas deixarão de ser recolhidos, assim como não acontecerá nenhum atendimento a locais de acidente e outros que exijam a presença de peritos. Os profissionais só ficarão à disposição da Justiça Eleitoral e atenderão casos de crimes eleitorais.
Desligada do quadro da Polícia Civil há pouco mais de um ano, a Polícia Científica vem, há muito tentando implantar seu plano de cargos e salários, pedindo isonomia com delegados de polícia, já que todos os peritos são possuidores de curso superior. O salário deles é menos da metade do salário de um delegado, conforme informaram. Apesar dos sucessivos pedidos para que o projeto fosse levado à Assembléia Legislativa, nada foi feito. “O governo atendeu o quadro geral, atendeu a Polícia Civil e a Polícia Militar e nos ignorou. Foi um descaso e isso nos levou a optar pela greve”, esclareceu Fiedler.
Como praticamente todos os inquéritos instaurados pela Polícia Civil dependem de laudos periciais para seu andamento, a greve da Polícia Científica provavelmente travará – ou pelo menos dificultará – as investigações policiais.
