A polícia já está na “cola” dos assassinos de Gislaine Maria Martins, a adolescente de 15 anos, grávida de três meses, que foi torturada e morta na tarde de domingo, em Piraquara. Segundo o investigador Maciel, da delegacia local, o crime tem mesmo ligação com o tráfico de drogas. Os policiais já teriam apurado o nome e o endereço dos criminosos e o delegado Carlos Mastronardi deve pedir a prisão preventiva dos suspeitos.

Gislaine e a família estavam mudando de Piraquara para São José dos Pinhais. Ela, os pais e um amigo que os ajudava no transporte da mobília voltavam da nova casa para terminar a mudança quando foram atacados, às 18h de domingo. A garota seria encontrada morta às 23h, na Rodovia do Xisto. Além de vários tiros, marcas de agressões pelo corpo apontavam que Gislaine foi torturada antes da execução. O pai, a mãe e o caminhoneiro, seqüestrados pelos bandidos, foram libertados na BR-116, em Campina Grande do Sul, próximo à divisa com São Paulo.

“Limpeza”

A polícia suspeita que os assassinos fazem parte de uma gangue de traficantes, que estaria promovendo uma “limpeza” na região. Potenciais informantes dos policiais e possíveis concorrentes no tráfico estariam sendo perseguidos e mortos pela quadrilha. O alvo dos bandidos seria o marido de Gislaine, que havia sido preso horas antes, por assaltos cometidos em Piraquara.

Os investigadores ainda buscam pistas que confirmem a ligação do assassinato de Gislaine com um duplo homicídio cometido às 20h30 de domingo, no Jardim Holandês, também em Piraquara. Os primos Rafael Moreira, 16 anos, e Fernando Lara, 19, foram retirados de casa pelos criminosos e executados a tiros, no meio da Rua das Andorinhas.

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