Carlos Eduardo e Ronaldo,
presos com armas e maconha.

A polícia ainda procura os responsáveis pelo tiro que atingiu Gabriele dos Santos Belmiro, 4 anos, às 19h de domingo. A menina passeava com a mãe, Cláudia, na Rua Pedro Andreatta, Vila Sabará, CIC, quando foi baleada de raspão na perna direita durante um provável confronto entre gangues. Gabriele passou a noite internada no Hospital do Trabalhador e recebeu alta ontem de manhã.

Três horas depois, um novo confronto armado na Rua Érica Florentino Koresk, no mesmo bairro, deixou um saldo de duas pessoas feridas a tiros. A Polícia Militar, chamada para atender o caso, deteve duas pessoas por tráfico – uma delas foi liberada em seguida – e outras duas por porte ilegal de arma.

Segundo o superintendente Luiz Pereira, do 11.º Distrito Policial (CIC), por enquanto não há como vincular o tiroteio das 19h, em que a menina foi ferida, e o das 22h. A respeito do primeiro, a polícia soube que cinco rapazes passaram atirando, de carro, em frente à cancha de areia da Vila Sabará. Seriam membros da “Gangue dos Arteiros”, que teriam como alvo integrantes da “Gangue dos Anjos”, grupo inimigo.

Armas e droga

Após a segunda troca de tiros, policiais militares do 13.º Batalhão, Rone e Rone Canil estiveram na Vila Sabará. Com a ajuda de populares, chegaram a uma meia-água nos fundos de um bar, onde encontraram o motoboy Carlos Eduardo Kato Gomes, 19 anos, e um garoto de 16. Cada um portava um revólver calibre 38 – o de Carlos tinha três cartuchos deflagrados. Os dois receberam voz de prisão, sob acusação de participar do segundo tiroteio.

Em seguida, a PM entrou em uma casa atingida por vários disparos, acreditando que ali dentro poderia haver feridos. Localizaram três homens escondidos debaixo da cama, ilesos, e um tijolo de 500 gramas de maconha. Um garoto foi liberado no local e os outros dois, maiores, apresentados à imprensa e levados ao 11.º Distrito Policial. Segundo o superintendente do distrito, apenas um destes, Ronaldo Fernandes Costa, 32 anos, pintor, assumiu ser o dono da droga. O outro foi solto por falta de provas. A PM não encontrou armas na residência.

Até a manhã de ontem a delegacia de Homicídios não tinha informação sobre os autores do tiro contra a menina. As duas armas apreendidas pela PM passarão pelo exame de balística, que vai determinar se os detidos têm envolvimento no caso. Os nomes das vítimas do tiroteio das 22h não haviam sido fornecidos pelo Hospital do Trabalhador ao 11.º DP.

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