Com informações recebidas através do telefone 181 – Narcodenúncia, Policiais da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc) – Núcleo de Londrina, prenderam na tarde de segunda-feira (4), um policial militar de Mato Grosso do Sul e mais dois suspeitos, com 13 quilos de cocaína pura.
As investigações começaram em abril. Segundo os policiais uma remessa estava para chegar e foi intensificada a vigilância sobre os prováveis receptores. No final da tarde de segunda-feira, o Celta Branco placa AKX-8259, de Amambaí (MS), estacionou no centro de Londrina. Logo em seguida, chegou o Gol, DFX 7937, de Londrina e também parou no local.
Neste momento os policiais fizeram a abordagem e prenderam, no Celta, Jorge Gonçalves Martins, 45 anos. No Gol, foram presos Marco Antonio Scapin, 37, e Romeu Jose Bataglini Júnior, 40. Dentro das caixas de ar do Celta os policias encontraram cerca de 13 quilos de cocaína pura. Antes de ter o carro revistado, Jorge se identificou como policial militar de Mato Grosso do Sul, para tentar escapar do flagrante. “Como tínhamos muitas evidências, ele não teve como negar sua participação”, disse o delegado que chefiou as investigações, Michael Rocha de França Araújo.
O delegado, com mandado de busca e apreensão expedido pela 4.ª Vara Criminal, foi até o apartamento onde Romeu mora no Jardim Interlagos, e lá encontrou, 650 gramas de cocaína, um revolver calibre 38, uma caixa de munição calibre 38, com 46 projéteis, uma espingarda calibre 28, uma balança de precisão e farto material para misturar e embalar a droga. Tudo foi apreendido e levado para a delegacia.
Segundo os policiais a cocaína é puríssima e vale no mercado em média R$ 15 mil o quilo. Misturada, a droga chegaria a mais de 26 quilos, o que renderia aos traficantes aproximadamente R$ 390 mil. Segundo a polícia, a droga ia ser distribuída em toda região, por Marcos, que já responde por tráfico de drogas, e por Romeu, preso pela primeira vez.
“Estávamos de olho nesse pessoal há algum tempo. Fomos surpreendidos com a pureza da droga e com o fato de um policial militar, com mais de 20 anos de serviço, estar envolvido. Nem sempre conseguimos fazer uma apreensão deste tipo. Em geral a droga já está ‘batizada’ para ser vendida”, explicou o delegado Araújo.
Os detidos vão responder por tráfico de drogas e associação para o tráfico. O policial militar tem como agravante usar a função pública para praticar crime. Os superiores do policial acompanham o desfecho do caso. O militar está sendo acompanhado por um oficial do Batalhão da Polícia Militar de Londrina, conforme prevê a lei. Ele ficará recolhido no batalhão até ser ouvido pela Justiça. Caso sejam condenados, podem pegar de cinco a quinze anos de prisão.
A Divisão de Narcóticos vai continuar com as investigações para tentar localizar a origem da droga e a existência de uma quadrilha especializada de traficantes, que estaria agindo em toda região de Londrina.
