O diretor do Centro de Triagem II, em Piraquara, Cláudio Stegues, mostrou a cela especial – destinada a presos com formação nível superior – onde o jornalista e ex-deputado Ricardo Chab e o advogado Antônio Neiva de Macedo Filho teriam ficado presos. Além disso, rebateu as denúncias feitas pelos dois, de que foram colocados em uma cela comum.
A prisão cível tem mais de 100 metros quadrados é bem arejada, com paredes brancas e janelas nas sete peças. O quarto, além da televisão, tem sete beliches e uma cama e o banheiro tem dois chuveiros com água quente.
Segundo o diretor, desde que chegou no CTII, os dois presos foram bem tratados, inclusive com mordomias, como excesso de visitas. ?Ele comia o que os funcionários comem e usava a minha sala para telefonar?, completou o diretor. Stegues disse ainda que os presos só ficaram em outras dependências até que o advogado comprovasse a formação superior de ambos.
Chab e Macedo Filho contaram, segunda-feira, que foram vítimas de tortura psicológica e passaram maus momentos nos dois primeiros dias no CTII. As dependências mostradas só teriam sido ocupadas depois da chegada da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
O advogado de Chab e Macedo, Haroldo Natter, afirmou que essa é uma tentativa de desvirtuar o foco da discussão da arbitrariedade com que os seus clientes foram presos. Natter disse que, no ato da prisão, Macedo apresentou a carteira da OAB e Chab, do Sindicato dos Jornalistas.