PMs se complicam no caso da morte de garçon

Havia apenas um ocupante no Fiat Palio perseguido pela PM na terça-feira da semana passada. Este é o relato de testemunhas ouvidas pela Delegacia de Homicídios a respeito da ação que resultou na morte do garçom Jhonys Proença, 21 anos, e em ferimentos em seu amigo e colega de profissão Waocimar Souza Alves, 30, que passavam pelo local da perseguição policial.

O relato diverge da versão apresentada pelos PMs envolvidos na ação. Segundo eles, havia duas pessoas no Palio vermelho em fuga, e o passageiro atirou contra a equipe. Por isso, teria havido o revide, confronto que teve como vítimas os garçons. “Mas as testemunhas que ouvimos dizem que o motorista estava sozinho no carro e não atirou”, falou o superintendente Neimir Cristóvão, da DH.

Tiros

A vítima do seqüestro relâmpago também foi ouvida pela DH e contou detalhes do caso. Ela disse que foi abordada por dois homens em casa e levada em seu Palio à agência do Banco do Brasil próxima ao 11.º Distrito Policial. Apenas um deles, chamado pelo comparsa de “Magrão”, a acompanhou ao interior do banco. A mulher dirigiu-se ao gerente e escutou tiros, imaginando que se tratava de outra situação.

Ameaçada, ela falou que precisava fazer um empréstimo e apresentou o assaltante como seu filho. Mas o gerente desconfiou, pois já conhecia os filhos da vítima, e levou o desconhecido a outro compartimento. Sozinha, a mulher revelou o que ocorria, e, neste intervalo “Magrão” desapareceu. Instantes depois, a Polícia Militar apareceu na agência e levou a mulher ao Hospital Evangélico, onde estava Waocimar, baleado nas costas. Depois, a transportaram ao Hospital do Trabalhador, onde olhou o cadáver de Jhonys, também atingido nas costas. Ela não reconheceu nenhum deles como autores do assalto. Os rapazes deixavam um hotel nas proximidades, onde pediam emprego.

Paralelamente às investigações da Polícia Civil, um inquérito policial militar (IPM) foi instaurado para apurar o caso. A reportagem da Tribuna tentou contato com o capitão Daniel Neumann, que preside o IPM, mas ele não retornou os telefonemas. Os PMs envolvidos no caso continuam afastados de suas funções.

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