Não são só os servidores estaduais que estão passando por maus bocados durante o “acampamento” do funcionalismo público dentro da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) nesta quarta-feira (11). Uma denúncia recebida pelo Paraná Online mostra que os policiais militares que estão no prédio não estão recebendo alimentação e hidratação corretas.
De acordo com um policial que pediu para não ser identificado, os PMs estão recebendo apenas pão e frutas após mais de 11 horas de trabalho. Ele comentou também que as equipes receberam ordens do governador Beto Richa para não descansar. “Estamos exaustos”, desabafou.
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Cardápio dizia uma coisa, mas a realidade era bem diferente. Foto: Colaboração. |
Cardápio
O cardápio proposto para os funcionários da Alep na terça-feira (10) incluía: costelinha suína, esposado de peixe, legumes ao forno, além de salada e uma sobremesa. A realidade dos PMs foi bem diferente: arroz, macarrão e carne.
Outra reclamação dos policiais é falta de higiene com que a alimentação foi transportada. Nas fotos é possível ver pães acomodados em uma caixa de papelão e sem nenhuma embalagem. “Experimente mandar um lanche numa caixa dessa ou marmita assim lá na Penitenciária Central do Estado (PCE) para ver o que os presos vão fazer. Falta higiene e falta respeito”, comentou.
Turnos
Os PMs que estiveram na Alep na noite desta terça permaneceram no local até 1h desta quarta. Segundo o soldado que conversou com Paraná Online, esses mesmos PMs foram obrigados a cumprir seus turnos de serviço normais, ou seja, iniciar uma nova jornada de 12 horas de trabalho a partir das 7h de hoje.
O outro lado
A reportagem entrou em contato com a Polícia Militar, que enviou uma nota em resposta aos questionamento sobre a situação dos policiais na Alep. Confira na íntegra o texto:
A Polícia Militar informa que os policiais militares, que estão de prontidão na Assembleia Legislativa, por conta dos manifestos, estão sendo devidamente alimentados e hidratados. O local de prontidão possui cadeiras para que eles possam descansar. As equipes se revezam em turnos para que não sejam utilizados por um longo período de tempo.
Ademais, a PM lembra que o militar estadual ao entrar na corporação está ciente de que está à disposição, com dedicação exclusiva e sujeito à aplicação em eventos desta natureza, que são esporádicos e imprevisíveis, porém as condições dignas de trabalho estão sendo constantemente observadas.
O número de efetivo, tanto da capital quanto aquele que está à disposição da Assembleia, não será divulgado por questões estratégicas e de segurança. Cabe lembrar que o policiamento na cidade não está sendo prejudicado e a prontidão na Assembleia é composta, também, por policiais do serviço administrativo, num esforço a mais.
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