Os soldados Diognes Gonçalves, 27 anos, e Jefferson Klemann da Silva, 34, ambos do 13.º Batalhão da Polícia Militar, e o ex-cabo da PM Hélio Maurício Bento, 30, foram presos em flagrante em uma casa lotérica, no bairro Bom Jesus, em São José dos Pinhais, sob acusação de tentar extorquir o dono do estabelecimento em R$ 6 mil, para não recolher as máquinas caça-níqueis instaladas no local.
O comerciante denunciou que os três o extorquiram no dia 13 do mês passado, em outro estabelecimento, na Avenida Salgado Filho, Uberaba, e levaram R$ 4 mil, com a condição de que o comércio ficaria ?tranqüilo? por três meses. Eles se identificaram como policiais do serviço reservado do Comando de Policiamento da Capital (CPC). Para impedir que os policiais exigissem mais dinheiro, o proprietário resolveu entrar em contato com a própria Polícia Militar, e denunciá-los.
Flagrante
Na terça-feira, os três foram até a casa lotérica de São José dos Pinhais. Com uma carteira funcional falsa, o ex-cabo se identificou como sargento.
Os três informaram que haviam recebido uma denúncia anônima de exploração de jogo de azar e anunciaram a prisão de todos que estavam no local. Ali foram presos em flagrante.
O delegado Noel Francisco da Silva autuou Diognes e Jefferson por concussão (extorsão feita por funcionário público). De acordo com a polícia, ambos estão recolhidos no Centro de Observação Criminológica e Triagem. Hélio ficou na delegacia e irá responder por extorsão e usurpação de função pública. Já o dono da lotérica respondeu termo circunstanciado pela posse das máquinas.
No interrogatório, os três negaram a extorsão e afirmaram ter ido até o estabelecimento para averiguar a presença de máquinas caça-níqueis, uma vez que o tio de Hélio seria viciado em jogo.
Expulsão
O ex-cabo da Polícia Militar, Hélio Maurício Bento, foi excluído da corporação em 2005, por ser flagrado em uma casa de prostituição, quando estava em serviço.
A exclusão também pode ser o destino de Diognes e Jefferson, que serão submetidos ao Conselho de Disciplina da PM.
De acordo com a assessoria da Polícia Militar, nenhum dos soldados estava em serviço no momento da prisão. Diognes está de licença médica e Jefferson de licença especial.
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