O policial militar (3.º sargento) flagrado ao violentar sexualmente a própria filha, na manhã de terça-feira, se beneficiou do direito de permanecer em silêncio sobre a acusação de estupro e informou que só falará em juízo, conforme esclareceu a delegada Darli Rafael, da Delegacia da Mulher. O detido aguardará a decisão da Justiça sobre o seu crime atrás das grades, na carceragem do Centro de Observação Criminológica e Triagem (COT), ao lado da Prisão Provisória de Curitiba, no Ahu.
O sargento, que é lotado no 12.º Batalhão da PM, foi flagrado por policiais militares quando mantinha relações sexuais com a filha de 16 anos, dentro do carro, em um serv-car, no Boqueirão. Foi a própria vítima que, em um ato de coragem, resolveu denunciar a brutalidade a que era submetida pelo pai.
Segundo depoimento da vítima, desde criança ela já sofria com os abusos do policial. “Ela lembrou que, aos 7 anos, o pai já levantava a roupa dela e abaixava a calcinha, para ficar olhando. Aos 13 anos, a menina era levada a passeios onde era molestada e os estupros começaram em meados de 2003. Depois se tornou uma prática constante”, explicou a delegada.
A adolescente retornou para casa, onde está sob os cuidados da mãe. Ela deverá passar por um atendimento psicológico no Hospital de Clínicas, que é referência no tratamento desse tipo de caso, conforme explicou Darli.
