Um perigoso fugitivo da Justiça foi recapturado graças ao trabalho de investigação do serviço reservado (P-2) da Polícia Militar. João Adriano da Cruz, 25 anos, mais conhecido por “Adrianinho”, foi detido juntamente com o irmão, Vilar Júnior da Cruz, 20, e a namorada dele, a paraguaia Liz Cristina Acosta Brites, 21, em uma residência na Rua Paulo Stocker, Colônia São Gabriel, em Colombo. Com o trio foram apreendidas 530 gramas de crack, R$ 10 mil, US$ 22 mil e 59 mil guaranis (moeda paraguaia). Todos foram encaminhados à sede do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) onde foram autuados por tráfico de drogas.
De acordo com informações da PM, “Adrianinho” é condenado por ter participado de dois assaltos e desde o ano passado é fugitivo da Penitenciária de Foz do Iguaçu. O irmão dele (Vilar) possui mandado de prisão expedido pelo crime de homicídio cometido na cidade de São Miguel D? Oeste, em Santa Catarina. Já a paraguaia Liz não possui antecedentes criminais mas foi detida em decorrência das drogas encontradas na casa onde estava.
Acusações
Pelos levantamentos do serviço reservado da PM de Foz do Iguaçu, “Adrianinho” é acusado de participar do assaltos ao Banco Nacional do Paraguai, em Ciudad del Este; a um carro forte em Foz do Iguaçu, em 20 de dezembro de 2002, e também do seqüestro do empresário brasileiro César Cabral, que aconteceu em 31 julho deste ano, no Paraguai. O empresário foi libertado cinco dias depois mediante pagamento de resgate.
O assalto ao Banco do Paraguai foi bem sucedido aos marginais, mas trágico para a polícia do país vizinho. Dois policiais paraguaios foram mortos. Na ação contra o carro forte, um PM de Foz do Iguaçu foi baleado e o segurança da empresa de vigilância morreu.
Versões
O foragido da Justiça – que foi detido com uma identidade falsa – negou todas as acusações e assumiu apenas a participação em dois assaltos pelos quais já foi condenado. Disse que não poderia ter cometido o assalto ao Banco do Paraguai e contra o carro forte porque após sua fuga do presídio, refugiou-se no estado de São Paulo. “Adrianinho” explicou ainda que mudou para a cidade de Colombo há quatro meses e que a droga encontrada em sua residência não lhe pertencia. “Estava segurando para um outro cara aí. Não mexo com drogas”, relatou.
Vilar, por sua vez, confirmou a acusação existente contra ele e disse que a “bronca” (homicídio) aconteceu há cerca de dois meses. Já a paraguaia afirmou estar envergonhada pela detenção e que não sabia do envolvimento de seu namorado com o mundo do crime e drogas. Ela disse que é estudante de Direito no Paraguai.
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