A tentativa de roubar um veículo, por volta das 20h da última sexta-feira, resultou na morte dos assaltantes, numa troca de tiros com a Polícia Militar. Willian Leder dos Santos e José Cristiano Paes chegaram a ser socorridos pelos próprios policiais e levados ao hospital, onde morreram logo que deram entrada.
De acordo com o relato das vítimas – um casal de meia- idade – à Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV), eles haviam acabado de parar numa pizzaria na Avenida Anita Garibaldi, na Barreirinha, em Curitiba. Os dois assaltantes chegaram armados e deram voz de assalto, levando o Gol placa AQV-9630 junto com as vítimas. Não muito longe dali, na Rua Teodoro Makiolka, caminho para o bairro Santa Cândida, as vítimas foram libertadas do veículo e os bandidos fugiram em direção ao Abranches.
Minutos após ser liberado, o casal se deparou com uma viatura da Polícia Militar, que patrulhava a região. Os policiais seguiram o caminho indicado pelas vítimas e conseguiram localizar o veículo. Sem obedecer às diversas ordens para que parassem, os assaltantes começaram a atirar contra a viatura da PM, que necessitou de reforços para continuar a perseguição.
De acordo com o relato obdo aspirante Budal, do 12.º Batalhão da Polícia Militar, quando a perseguição seguia pela Rodovia dos Minérios, no Abranches, próximo à empresa Votorantin, outra viatura chegou no sentido oposto aos bandidos e os cercou. Quando perceberam que não tinham saída, os assaltantes saíram do carro, ambos armados, e começaram a atirar contra os policiais. No revide, Wil-lian e José Cristiano foram atingidos pelos tiros e morreram logo após darem entrada no Hospital Cajuru. Com eles estavam dois revólveres, um calibre 32 e outro 38, que foram entregues à DFRV.
Surpresa
Familiares de Willian e José Cristiano estiveram no Instituto Médico-Legal (IML), na manhã de ontem, a fim deliberar os corpos para o sepultamento e ambos disseram estar surpresos com o fato de que os jovens estivessem participando de um assalto. Um irmão de José Cristiano contou que o rapaz era mecânico, morava em Itaperuçu, e que os familiares nunca desconfiaram de atitudes suspeitas.
Um primo de Willian explicou que seu familiar morava em Rio Branco do Sul, na casa de uma tia, e trabalhava há poucos meses numa gráfica, nunca demonstrando qualquer atitude marginal. ?Ele estava trabalhando e chegou a me mostrar, todo feliz, o cartão de banco para que havia acabado de receber. Para todos nós (família) isso tudo é novidade. Até agora não conseguimos acreditar que ele estivesse envolvido com um assalto?, disse o primo.