O soldado Paulo Sérgio Nascimento, 41 anos, que trabalhava diretamente com o comando da Polícia Militar, foi assassinado com nove tiros e abandonado no porta-malas de seu carro, a um quilômetro de casa, em Colombo. Pela quantidade de tiros efetuados, é provável a possibilidade de execução, porém, a polícia não descarta latrocínio (roubo com morte).
Ele foi visto pela última vez na quinta-feira, quando deixou o quartel, pouco depois das 19h. Um vigilante que passava pela Rua Maria Lúcia Gueno de Andrade, no São Dimas, pouco antes da 1h de ontem, percebeu o Polo vermelho abandonado e avisou a Polícia Militar. “Na vistoria, a equipe encontrou o corpo de Paulo no porta-malas”, disse o tenente-coronel Maurício Tortato, comandante do 17.º BPM.
Arma
A pistola calibre 40, da corporação, que permanecia sempre com a vítima, não foi localizada. “Aquela região costuma ter assaltos. Os bandidos podem ter descoberto que ele era policial e o mataram”, afirmou um policial, que prefere não se identificar. O crime é investigado pelas delegacias do Alto Maracanã e de Colombo, com apoio da Delegacia de Homicídios. O 17.º BPM e a Agência Central de Inteligência da PM estão colaborando com informações e nas buscas aos suspeitos. “Não descansaremos enquanto não prendermos os responsáveis”, garantiu o comandante-geral em exercício César Alberto Souza.
Confiança
Paulo tinha dois filhos. Ele trabalhava no Regimento de Polícia Montada (RPMont) e, há dois meses, foi transferido para o Quartel do Comando-Geral, onde fazia serviços administrativos. Ele tinha ligação direta no trabalho com o comandante-geral Roberson Bondaruk e informações extraoficiais dão conta que seria um de seus homens de confiança. Bondaruk está de licença.