O Ministério Público do Paraná já solicitou à Justiça de Vila Velha, no Espirito Santo, informações sobre Marco Antônio Augusto, condenado a cinco anos de prisão, em regime fechado, naquele Estado. Preso preventivamente desde o dia 9 de março, ele reponde, em Curitiba, pelo assassinato da mãe, ocorrido há quase 12 anos. Na fase da investigação policial o inquérito ficou parado por mais de uma década, e apenas em 2005 ele chegou ao Ministério Público. No dia 25 de outubro foi então oferecida denúncia contra ele.
A prisão de Marco Antônio causou alívio para muitas pessoas que dizem ter sido ameaçadas por ele, mas também espanto na alta sociedade curitibana. Há dois anos ele freqüentava o Autódromo Internacional, em Pinhais, onde é piloto na categoria arrancada de carros importados. Sempre visto com veículos luxuosos, como BMW e Mercedes, ele chamava a atenção pelo alto poder aquisitivo que demonstrava ter, sem despertar qualquer suspeita pelos seus crimes. No dia 31 de janeiro deste ano o cadastro do Detran acusava 40 veículos – 28 carros, quatro caminhonetes e oito motocicletas – em seu nome. Entre os carros, quatro BMW e oito Mercedes, todos adquiridos a partir de 2000.
Justiça
De acordo com o promotor Licínio Corrêa, da 2.ª Vara Criminal, com relação ao assassinato de mãe, Marcos já foi interrogado e o próximo passo será ouvir as testemunhas de acusação. Ele deverá ficar preso até o fim do processo, a menos que seu advogado impetre um habeas corpus e que o pedido seja aceito pelo juiz.
O promotor aguarda a resposta da Justiça de Vila Velha para saber se ele é mesmo foragido daquele Estado. Assim que tiver a informação será decidido se Marco será encaminhado para cumprir o resto da pena lá ou se ficará à disposição da Justiça do Paraná até que seja julgado pelo homicídio. Quanto as acusações de extorsão e ameaças, o promotor aguarda a conclusão das investigações que estão sendo feitas pela polícia. Somente com o inquérito concluído ele poderá ser julgado, por estes crimes.
Quando cumpriram a prisão dele, policiais do Centro de Operações Policiais Especiais
(Cope) apreenderam quatro computadores, dos quais apenas um apresentava nota fiscal. "Acreditamos que as máquinas sejam produtos de roubo", disse o delegado Marcus Vinícius Michelotto, que garante não ter encontrado qualquer indício de crime na memória dos computadores.
As pessoas que garantiram ter sido ameaçadas, agredidas e extorquidas por Marco criaram um e-mail para que outras vítimas denunciem o acusado: vitimasdemarcoantonioaugusto@hotmail.com.