Graças a uma vistoria preliminar, o chefe do plantão da delegacia de Almirante Tamandaré impediu a fuga de vários presos da carceragem superlotada do município. Pouco tempo antes do início da visita permitida para parentes, no começo da tarde de anteontem, Moacir fez o que é conhecido no jargão policial como “bate-grade”: conferiu em que condições estavam as grades da carceragem.
Em uma das quatro celas, verificou que uma grade já estava serrada e outros dois pequenos pedaços dela haviam sido cortados mas recolocados e grudados com algum material. “As aberturas das celas já estavam prontas para dar início a fuga”, explicou. “Eles esperariam apenas a madrugada chegar.”
Nessa cela específica estavam acomodados catorze presos e provavelmente antes de escaparem, arrebentariam os cadeados das outras três celas e dariam condições de fuga aos demais detentos. “Seria uma fuga em massa”, alertou Moacir. “Sorte que eu e minha equipe conseguimos descobrir antes.” A tarde de ontem na delegacia foi destinada a soldar as grades serradas pelos detentos.
No total estão detidas na delegacia de Almirante Tamandaré 54 pessoas, distribuídas em quatro celas que têm capacidade estimada para vinte. A superlotação de presos é um velho problema do sistema carcerário no Estado e que aflige além da população, os próprios policiais plantonistas que convivem diariamente preocupados com possíveis evasões.
