O latido dos cachorros fez com que Maikon Paulo Ferreira, 22 anos, o "Piolho", deixasse a família na sala e saísse ao portão do sobrado, em uma travessa da Rua Antônio Batista de Bastos, em São José dos Pinhais. Ouviram-se tiros. O rapaz entrou em casa, pegou o filho de dois anos e meio no colo e subiu as escadas. Morreu ao lado da cama, por volta das 22h30 de quinta-feira.
Ângela, com quem Maikon morava há cerca de sete anos, disse ter ouvido o som de uma motocicleta se afastando do local. "Ele entrou, fechou a porta e mandou todos nós subirmos", relatou. Um dos tiros atravessou a janela da sala e atingiu a parede sobre o sofá, onde o filho do casal estava deitado. Outro disparo acertou a parede da casa.
De acordo com levantamento preliminar do perito Alcebíades, da Polícia Científica, a vítima foi ferida por três projéteis no peito e um na nádega. "Ele chegou ao quarto e foi caindo", contou Ângela, que não encontrava explicação para o crime. Além dela, a mãe de Maikon e o filho de colo do casal estavam na casa.
Drogas
O motivo do assassinato de Maikon, porém, pode estar em seu passado. Ele já estivera preso, acusado de tráfico de drogas. "Ele não era traficante, era só usuário", esclareceu Ângela. Segundo ela, o marido estava desempregado e ganhava dinheiro com bicos.
O sargento Soek e o soldado Célio, do 17.º Batalhão da Polícia Militar, atenderam a ocorrência. A delegacia de São José dos Pinhais investiga o caso. Até a tarde de ontem não tinha novidades sobre este homicídio.