O pintor Jeudi José Lopes, 39 anos, foi preso após ser flagrado acariciando uma criança de 12 anos, no Boa Vista. A mãe da menina chegou em casa, por volta das 20h de quarta-feira, e encontrou os dois em um quarto, sem roupas. O homem tentou fugir, mas foi contido por vizinhos e encaminhado pela polícia até o Ciac Sul (Portão), onde foi autuado por atentado violento ao pudor.
A Delegacia de Homicídios informou que irá solicitar a coleta de material biológico para fazer exame de DNA e confrontá-lo com o encontrado no corpo da menina Rachel Genofre, 9 anos. Segundo os policiais, Jeudi é semelhante a um dos retratos falados investigados. Rachel foi morta há 45 dias e seu corpo foi deixado dentro de uma mala na rodoferroviária.
Escola
Há cinco meses, Jeudi trabalha no Colégio Estadual Barão do Rio Branco, no centro, onde a garota estuda. Foi lá que os dois se conheceram e ele teria começado a assediá-la. Anteontem, depois que a menina saiu da escola, o pintor foi até a casa dela, na Rua Maria Madalena de Miranda Wolfati, no Conjunto Abaeté. Provavelmente, ele sabia que os pais da garota voltavam tarde do trabalho e não estariam na residência.
Porém, vizinhos notaram a presença de Jeudi e ligaram para a mãe, dizendo que deveria voltar urgentemente para casa. Quando chegou, ela se deparou com uma cena chocante. O homem e a menina estavam nus, ele ajoelhado e ela deitada na cama. Os moradores do conjunto, que já sabiam que havia algo errado na casa, detiveram o pintor. A polícia foi chamada e conduziu Jeudi até a delegacia, enquanto a garota foi encaminhada ao Instituto Médico-Legal para exames.
Dinheiro
O homem confessou que beijou e apalpou a criança, mas garantiu que não houve penetração. Ele se defendeu, dizendo que não usou violência e que teria sido a garota quem o chamou em casa. Jeudi é acusado também de ter oferecer dinheiro à menina. “Ela que pediu R$ 20 para mim”, afirmou Jeudi.
Depois de passar a noite na cadeia do Ciac Sul, o pintor foi levado ao 11.º Distrito Policial (CIC). O delegado Gerson Machado confirmou que Jeudi foi autuado em flagrante por atentado violento ao pudor, com presunção de violência, por se tratar de uma criança menor de 13 anos. Por segurança, o preso foi transferido para o Centro de Triagem II, em Piraquara.
De acordo com a polícia, Jeudi já tinha antecedentes criminais. Em 1991, ele foi acusado de latrocínio (roubo com morte) e ficou 17 anos preso. As informações são de que ele estaria trabalhando como pintor para cumprir pena com serviços sociais.
