A impunidade tem deixado moradores do Capão da Imbuia preocupados. Eles investigaram um pichador, mas, mesmo com o nome, endereço e fotografias do suspeito cometendo o crime, o rapaz continua solto.
Uma das moradoras do bairro, que não quis ser identificada, já teve mais de 10 mil reais de prejuízo. “Passamos verniz na parede, que é removido toda vez que ele picha. A porta de aço, temos que pintá-la inteira. Chegamos a colocar grade e cerca elétrica para afastá-lo”.
Sua vizinha reformou e pintou o muro de casa, mas, na semana retrasada, um lado apareceu pichado, e o outro lado recebeu os desenhos característicos do pichador (como o nome “Xile” e “sorria”) há menos de uma semana. As mesmas marcas aparecem em muros de todo o bairro e também em algumas ruas do Cajuru, até a área próxima ao Jardim Botânico.
Chuva
No domingo, mesmo com a forte chuva, ele foi visto, com amigos, pichando edificações no Capão da Imbuia. Um dos muros escolhidos pelo suspeito foi o dos fundos do Museu de História Nacional, na Rua Professor Nivaldo Braga. Uma foto do delito foi publicada pelo rapaz em um site da internet e as moradoras procuraram a Guarda Municipal. “Demos nome, endereço e as fotos que ele mesmo divulgou pichando o muro do Museu e viadutos”.
A mãe do garoto já foi informada. Mas, quando a vizinhança tentou tomar providências, recebeu ameaças. “Temos medo que ele seja preso e os amigos dele venham atrás de nós”, afirma uma das moradoras.
De acordo com o Inspetor Cláudio Gusso de Oliveira, da Guarda Municipal, a busca pelo suspeito deve ser feita pela Polícia Civil. “A lei limita nossa atuação. Não temos competência investigativa, só podemos prender um suspeito em flagrante”. Nos próximos dias o caso será levado para a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente, no Bacacheri, e ao 6.º Distrito Policial, no Cajuru.