O ex-policial militar Azemir João de Barros, 35 anos, que havia sido preso na terça-feira, acusado de envolvimento em um homicídio em Almirante Tamandaré, foi denunciado por participação em outro assassinato. De acordo com a denúncia da Promotoria de Investigação Criminal (PIC), protocolada ontem, Azemir está ligado também à morte do gerente do Banestado Miguel Siqueira Donha, ocorrida em 21 de janeiro de 2000.

A PIC protocolou um aditamento à denúncia que havia sido oferecida em 1.º de março do ano passado. Este novo documento mudou a acusação original, que era de lesão corporal seguida de morte (Donha foi baleado e abandonado na estrada entre Tamandaré e Rio Branco do Sul sem socorro). Agora, o aditamento pede a condenação dos acusados por homicídio duplamente qualificado por motivação torpe, e também confere conotação política ao crime, o que não era apontado na ação anterior. Miguel Donha era candidato à Prefeitura de Tamandaré quando foi morto.

“Zé”

No aditamento, protocolado na Comarca de Rio Branco do Sul, foram incluídos como acusados por homicídio duplamente qualificado Azemir Barros e também o autônomo José Geraldo Pereira Augusto, que na denúncia original era identificado apenas como “Zé”. Se o aditamento for recebido pelo Juízo de Rio Branco do Sul, os acusados deverão ser citados para novo interrogatório.

Os outros dois denunciados no caso Donha são Antônio Martins Vidal, o “Tico Pompílio”, e Edson Faria, o “Edson Vaz”. Ambos estão presos. “Tico Pompílio” já estava preso por envolvimento no assassinato de sete pessoas em Tamandaré. Na denúncia oferecida sexta-feira passada pelo Ministério Público, que resultou na prisão de Azemir Barros e do pedreiro Patrício dos Santos Silva na terça-feira, pela morte do estudante Rodrigo da Rosa Santos, “Tico Pompílio” também havia sido citado. O estudante foi executado em maio de 2000.

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