A Operação Limalha, realizada pela Polícia Federal (PF) de Guaíra, no Paraná em parceria com a PF no Espírito Santo (ES), em Umuarama, na região noroeste do Estado, resultou na prisão de quatro pessoas.

continua após a publicidade

Os presos são o vereador de Umuarama, Valdecir Pascoal Mulato (PDT), Silvio da Rocha (assessor do vereador), Irineu Raposo Franco (ex-policial civil) e o comerciante José Luiz Gianini. Todos tiveram mandados de prisão temporária expedidos pela Justiça Federal em Vila Velha (ES).

A operação tinha como objetivo investigar uma quadrilha de roubo e receptação de caminhões e cargas no Espírito Santo e outros quatro estados brasileiros: Minas Gerais, Paraná, Pernambuco e São Paulo.

“A operação começou por conta de um pedido da Delepat (Delegacia de Repressão a Crimes contra o Patrimônio), do Espírito Santo. A delegacia em Guaíra participou realizando um levantamento nas residências que tinham os mandados de prisão e investigando os lugares onde os crimes aconteciam. Fomos até as residências dos envolvidos e conseguimos prendê-los”, explica o delegado responsável pelas prisões em Guaíra, Raimundo Francisco Miranda Castanon Andrade.

continua após a publicidade

Na ocasião também foi apreendido um caminhão Ford Cargo, placa LIA-4975, de Umuarama, que estava estacionado em um posto de venda de gás. “No posto, fomos informados que o referido caminhão era de propriedade do vereador. Isso nos ajudou a chegar até os criminosos”, diz Andrade.

Os presos e o veiculo foram encaminhados para a PF em Guaíra. Os detidos serão indiciados pelos crimes de formação de quadrilha, roubo, furto, adulteração e receptação de veículos e ainda falsificação de documentos.

Investigações

continua após a publicidade

De acordo com a PF, as investigações foram iniciadas em novembro de 2008 pela Delepat, tendo como base a informação de que um dos investigados utilizava a mesma mão-de-obra de integrantes que foram presos na Operação Cavalo de Aço, realizada em 2004 pela Delepat.

Após oito meses de investigações, foi constatada a existência de uma grande organização criminosa hierarquicamente estruturada, em que as tarefas eram divididas de acordo com o trabalho a ser realizado.

Foram identificadas quatro células criminosas: uma no Espírito Santo, ponto final de receptação, a segunda no Paraná, outra em Minas Gerais, cujos integrantes atuavam como intermediários dos bens roubados, e a última em São Paulo, formada pelos assaltantes e sequestradores.

Ação inibe comércio de remédio

Fábio Schatzmann

Quatro paranaenses foram presos até ontem à noite na operação Virtua Pharma da Polícia Federal (PF). A ação conjunta com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi deflagrada ontem de manhã, e visa combater o comércio ilegal de medicamentos pela internet.

A operação cumpriu 36 mandados de busca e apreensão. Além do Paraná os trabalhos ocorreram nos estados da Bahia, Ceará, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e no Distrito Federal.

A ação no Paraná prendeu três pessoas em Cascavel, no oeste, e uma em Maringá, noroeste do Estado. Grande parte dos remédios vendidos são de emagrecimento, de disfunção erétil e abortivos.

Todos comercializados através de páginas de relacionamento social, sites próprios e fóruns de discussão. Vários deles falsos e com grande potencial lesivo a saúde pública.

Os mandados expedidos pela Justiça Federal foram cumpridos em lojas e casas. Os envolvidos devem responder pelos crimes de contrabando e contra a Saúde Pública, com penas de até 15 anos de reclusão. As investigações começaram ,há cerca de seis meses.

Números

A PF divulgou até ontem os números da operação. Além das prisões no Paraná, ocorreram em Santa Catarina (2), São Paulo (2), Distrito Federal (1), Ceará (1) e Rio Grande do Sul (1).

Foram apreendidos 507 caixas de medicamentos abortivos, 128 caixas de anabolizantes, 450 caixas de medicamentos para combate de disfunção erétil e 2.439 caixas de outros medicamentos.

Desvio de dinheiro do SUS

Cintia Végas

A denúncia contra servidores públicos que estavam desviando dinheiro do Sistema Único de Saúde (SUS) do Hospital Regional de Paranaguá, no litoral do Estado, já está pronta e logo deve ser encaminhada à Justiça.

A informação é do delegado da Polícia Federal (PF), José Castilho Neto, e foi divulgada ontem durante a escola de governo do Estado do Paraná, realizada no Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba.

O dinheiro, cerca de R$ 1,4 milhão, foi desviado através de um esquema de falsos plantões realizados por um grupo de onze médicos e um funcionário. A ação passou a ser conhecida como fraude dos plantões fantasmas e passou a ser investigada pela corregedoria do Estado e pelo Ministério Público Estadual (MP-PR).

“Os médicos faziam, em média, dez plantões mensais. Porém, em um período de doze meses, passaram a constar em suas folhas de pagamento entre vinte e trinta plantões mensais. Com isso, em pouco tempo, as folhas subiram de R$ 165 mil para R$ 560 mil. Tudo isso foi investigado”, conta o delegado Castilho.

Os responsáveis pela fraude na instituição de saúde do litoral devem responder por falsidade ideológica, falsificação de documentos, peculato (desvio de dinheiro público) e formação de quadrilha. De acordo com o delegado, em breve deve ocorrer prisão preventiva e ação civil pública para recuperação de patrimônio.