A Polícia Federal (PF) prendeu ontem, em Foz do Iguaçu, uma quadrilha especializada em fraudar a Previdência Social.

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A "Operação Quati" resultou na prisão de um funcionário do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), um advogado e uma contadora, através de mandado de prisão expedido pelo juiz da 1.ª Vara Federal Criminal.

A operação foi batizada com o nome de quati para fazer referência ao modo de agir da quadrilha. O animal, típico da região de Foz, é conhecido pela maneira dissimulada com a qual subtrai bens das pessoas das quais se aproxima. Os falsários faziam algo semelhante. Segundo a PF, uma das formas de operação do grupo consistia no recebimento indevido, com registro post mortem (após a morte) de beneficiários do sistema.

Outra tática consistia no aliciamento de pessoas com idade avançada e pouca instrução. Os membros do grupo seguravam a documentação, a maioria para fins de aposentadoria e benefícios, dessa forma retirando o recurso antes do beneficiário.

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A operação contou com apoio de sete auditores do INSS, Procurador da República, além de 60 policiais federais, chegando a um total aproximado de 70 integrantes. No total foram cumpridos 13 mandados de prisão e busca e apreensão. A ação da quadrilha já vinha sendo acompanhada desde início do ano passado, existindo mais de uma dezena de investigações em andamento.

Na operação foram apreendidos ainda vários documentos e computadores. O material será analisado e a PF espera, com isso, conseguir mais provas que levem a outros fraudadores. Segundo o delegado-chefe da PF em Foz, Geraldo Pereira da Silva, não está descartada a possibilidade de surgirem novos nomes.

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As três pessoas presas ontem estão com prisão temporária decretada e permanecem à disposição da Justiça Federal Criminal na sede da PF, em Foz.