Ação conjunta da Polícia Federal e Receita Federal cumpriu 11 mandados de busca e apreensão e prendeu cinco pessoas, suspeitas de fraudar a Receita, em mais de R$ 500 mil.
A Operação Miami foi deflagrada na manhã de ontem em Curitiba, Ponta Grossa e Matelândia, e os presos serão indiciados por formação de quadrilha, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Uma pessoa está foragida.
As investigações começaram há aproximadamente um ano, quando foi descoberto um esquema de entrada clandestina de mercadoria vinda do Paraguai, em especial aparelhos eletro-eletrônicos e de informática.
O grupo, encabeçado por empresários de Curitiba – proprietários de lojas de informática em shopping centers -mantinha integrantes em Matelândia e Ponta Grossa, responsáveis pela logística da operação.
Notas
Segundo o auditor Sérgio Lourente, chefe da Divisão de Repreensão ao Contrabando no Paraná e Santa Catarina, as mercadorias eram pagas em dólar, através de casas de câmbio.
?Um dos contatos de Matelândia resgatava os dólares em uma casa de câmbio no Paraguai, realizava a compra e a trazia para o Brasil, pela Ponte da Amizade?, explicou. As mercadorias eram levadas paras lojas e vendidas com nota fiscal e garantia. ?Os primeiros indícios apontam que o valor do golpe é superior a R$ 500 mil?, disse o auditor.
O delegado Omar Gabriel Mussi, chefe da delegacia de Repressão a Crimes Fazendários, contou que os empresários tinham várias empresas ?laranjas?, que trocavam notas entre si.
?Uma delas emitia a nota de venda, que posteriormente emitia para outra e assim por diante. Criava um círculo entre empresas do mesmo grupo. Foi se aprofundando nesta pesquisa que identificamos a fraude?, completou.
Foi recolhida grande quantidade de documentos relativos à importação ilícita de mercadorias e notas fiscais. ?Todo o material será analisado e o que comprove a ação do grupo, utilizado como prova?, explicou Sérgio. Em Matelândia, também foram apreendidos um revólver calibre 38, uma espingarda calibre 22 e um carro no valor de R$ 50 mil.
