PF pede mais prazo para investigar ?Março Branco?

Termina hoje o prazo para que a Polícia Federal finalize as investigações sobre a operação "Março Branco". No entanto, de acordo com a juíza da 1.ª Vara Federal de Ponta Grossa, Sílvia Brollo, o delegado responsável pelo inquérito, Fernando Francischini, solicitou mais 15 dias para concluir as investigações. "Assim que receber este inquérito vou deferir se é possível estender o prazo", explicou a juíza.

Ontem, a PF não ouviu nenhum dos três fazendeiro de Ponta Grossa que ainda devem prestar depoimentos. Ao todo nove fazendeiros foram citados como patrocinadores da suposta milícia formada por PMs da reserva. Seis já prestaram esclarecimentos e disseram que pagavam para ter um serviço de patrulha rural. Qualquer atuação diferente desta teria sido ordenada pelo tenente-coronel Valdir Copetti Neves, preso desde o dia 5.

CPMI

Está marcada para a próxima quinta-feira (27), em Brasília, a audiência secreta da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Terra que vai ouvir mais uma vez o superintendente da PF, Jaber Saadi, e o tenente-coronel Neves. Ambos compareceram à audiência da CPMI, realizada na última segunda-feira, em Curitiba. No entanto, se reservaram ao direito de não responder a maior parte das questões e agora serão questionados novamente, em sessão secreta.

Também será ouvido em Brasília, no mesmo dia, os secretário estadual da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, que foi acusado por Neves de cometer diferentes crimes.

O secretário estadual do Trabalho, Emprego e Promoção Social, Padre Roque Zimmermann, também foi acusado pelo coronel e deve ser ouvido pela CPMI.

Ontem, Zimmermann concedeu entrevista coletiva para rebater as acusações sofridas. Ele afirmou não ter idéia do porquê, nem de que provas o tenente-coronel da PM teria contra ele. "Está falando bobagem. Esse senhor foi apanhado com a cara suja de lama e a tática é jogar lama em mais gente", afirma.

De acordo com Neves, Zimmermann cobraria "pedágios" sobre os recursos públicos de assentados e repassaria o dinheiro ao MST. O ex-deputado diz desconhecer os "pedágios" e que a ajuda dada ao MST vinha do próprio bolso, e até de dinheiro angariado no exterior. "A primeira cota maior de recursos para a Fazenda São Joaquim (região e Ponta Grossa) veio de uns amigos da Alemanha", conta.

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