A Polícia Federal (PF) em Maringá iniciou ontem a Operação Reincidência, que investiga a suspeita de fraudes em pelo menos 200 concessões de aposentadorias, na maioria rurais, no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) do município de Paranavaí.

continua após a publicidade

Ninguém foi preso ainda, mas a PF cumpriu um mandado de busca e apreensão no posto do INSS da cidade. O mandado permitiu que os policiais apreendessem os 200 processos.

A partir de agora, a PF vai analisá-los e investigar o possível envolvimento de um servidor do INSS, de pessoas que pleiteavam as aposentadorias e até mesmo de sindicatos rurais da região.

Segundo o delegado da PF em Maringá, Ricardo Assaf, a suspeita é que esse funcionário do INSS – cujo nome não foi divulgado – estaria lançando no sistema do órgão dados fictícios para que as pessoas conseguissem as aposentadorias com mais rapidez.

continua após a publicidade

A investigação da PF iniciou em julho do ano passado, mas o delegado não precisou quanto tempo vai necessitar para concluí-las. Porém, Assaf afirmou que casos como este são comuns nos postos do INSS da região.

“Vivemos numa região essencialmente agrícola, o que propicia este tipo de ação”, comentou. O delegado também não soube informar, ainda, o que o servidor ganharia com as fraudes, mas adiantou que a investigação preliminar já aponta que o prejuízo do INSS ficaria na ordem de R$ 3 milhões caso as aposentadorias fraudulentas se concretizassem.

continua após a publicidade

Depois de analisar os processos, ouvir acusados e testemunhas e, ainda, levantar outras provas materiais, a PF encaminhará a investigação ao Ministério Público Federal (MPF), que poderá oferecer denúncia contra os envolvidos.