A Polícia Federal e o Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado do Paraná (Sindesp) se reuniram ontem, na sede da Polícia Federal, para comentar sobre a situação da empresa Centronic e para lançar uma campanha contra as empresas clandestinas de segurança privada. De acordo com o delegado da Polícia Federal Marco Antônio Ribeiro Coura, responsável pela Delegacia Especializada em Segurança Privada (Delesp), a situação permanece em compasso de espera.
?Estamos apenas aguardando a publicação da ata no Diário Oficial. Após isso, a empresa deve buscar seus direitos em até 10 dias. A Centronic só foi autuada porque foi negligente na supervisão de seus vigilantes?, disse. Para a Centronic, que se manifestou por meio de sua assessoria de comunicação, nada mudou. A empresa aguarda a notificação judicial para poder entrar com as medidas cabíveis no processo. Por enquanto, a empresa funciona normalmente.
Sobre o projeto de coibir empresas que atuam na ilegalidade, o objetivo das duas entidades é de alertar a população que utiliza esse tipo de serviço na hora de contratar uma empresa. Segundo o coordenador geral da Comissão Nacional de Assuntos de Segurança Privada, Adelar Anderle, é muito importante saber que a empresa contratada está dentro da lei. ?Nós queremos coibir os profissionais clandestinos. Muitas vezes, pode ser que você esteja contratando uma pessoa sem qualquer condição de exercer a função. Pior ainda, pode ser que esteja colocando um bandido dentro do seu próprio patrimônio?, disse Anderle.
Opinião compartilhada pelo presidente do Sindesp, Jéferson Furlan Nazário. ?A maioria das empresas de segurança são clandestinas. De 500 empresas, apenas 63 estão dentro da lei. Pretendemos reverter esse quadro. Também queremos conscientizar a população para que não escolha a empresa pelo preço, pois o barato pode acabar ficando caro?, afirma.
O coordenador disse ainda que a Polícia Federal, por meio da Delesp, deve começar em breve no Paraná a Operação Varredura. A meta é combater a ilegalidade. ?Ainda não temos uma data específica para começar a operação. Estamos mapeando o Estado?, informa. Anderle diz ainda que o Paraná é um exemplo para outros estados. ?Após o episódio envolvendo o estudante Bruno Strobel Coelho com a empresa Centronic, a sociedade paranaense clamou por uma maior fiscalização desses serviços. O Paraná foi o primeiro estado a exigir uma atitude mais drástica por parte das autoridades?, concluiu.
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