A Polícia Federal de Foz do Iguaçu deu continuidade ontem à operação de combate ao contrabando e narcotráfico no Rio Paraná, iniciada na quinta-feira. O alvo principal são os barcos que cruzam a fronteira Brasil-Paraguai ilicitamente. O delegado da PF em Foz, Joaquim Mesquita, explicou que, como a fiscalização na Ponte da Amizade vem sendo intensificada, os contraventores passaram a utilizar pequenas embarcações clandestinas para cruzar a fronteira com contrabando, principalmente cigarros, drogas, armas e animais silvestres.
Oitenta agentes federais, utilizando duas lanchas e um helicóptero, trabalharam durante todo o dia de ontem na operação. Sete pequenas embarcações que navegavam sem autorização foram apreendidas. “Com a fiscalização funcionando, o tráfego de barcos clandestinos parou”, disse o delegado Mesquita. Ele afirmou que a operação continuará sem data para acabar.
Força-tarefa
Uma operação especial (força-tarefa), comandada pela superintendência da Polícia Federal do Rio de Janeiro, está desmantelando um megaesquema de roubo de carros que abastece traficantes dos morros cariocas. Na quinta-feira, foram presas oito pessoas no Rio de Janeiro e apreendidos dezoito veículos roubados, a maioria importados, além de documentos, armas, munição e computadores. Um dos braços da quadrilha estaria em Foz do Iguaçu, de onde os carros de luxo roubados no Rio seguiriam para Rondônia, seguindo para a Bolívia. Lá, os veículos são trocados por cocaína, armas, munição e explosivos.
Além de Foz, a quadrilha tem ramificações em Rondônia, Pernambuco (onde dois homens foram presos quinta-feira), Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul e Brasília. Um dos indivíduos presos pela força-tarefa é apontado como líder do esquema. Luiz Carlos Leonardo, o “Leo” ou “Careca”, é foragido da Justiça. Está condenado a sete anos de prisão em Dourados (MS).
