Pesquisa diz que oxi, a droga do momento, é apenas crack

Somente nos últimos dois meses, foram registradas apreensões de 2.889 supostas pedras de oxi, droga mais devastadora que o crack, no Paraná, de acordo com informações do programa 181 Narcodenúncia. “Pelo que sabemos, o oxi é basicamente a mesma pedra de crack, feita com o mesmo material, mas com substâncias para fazer volume e ficar mais barato, como cal virgem, gasolina ou querosene”, explica o coordenador estadual Antidrogas, Jorge Pilotto.

Apesar de as informações preliminares apontarem para a composição citada pelas autoridades, estudo recente,do Instituto Nacional de Criminalística (INC) a partir da iniciativa da Superintendência de Polícia Federal do Acre, estado onde foram registradas as primeiras ocorrências com a “nova” droga, mostra que talvez o oxi nem exista.

Análises

“Foram feitas 146 análises químicas diferentes para verificar o teor de cocaína e de componentes minoritários, como hidrocarbonetos e solventes. O que é chamado de oxi é crack ou cocaína na forma de pedras de cloridrato, com concentração de 29% a 47% de cocaína, ou de pasta-base, com 50% a 80% de pureza da droga”, comenta o perito criminal federal, Ronaldo Carneiro da Silva Jr., um dos pesquisadores. De acordo com ele, não foi encontrado querosene, gasolina e cal virgem em quantidades significativas em nenhuma das amostras.

“O que há de novo é o consumo da pasta-base, que é uma cocaína bem mais concentrada, que produz efeitos mais acentuados e pode ser vendida a preço mais baixo por não haver necessidade de um laboratório para manipulá-la, como no caso do crack”, comenta.

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