Policiais militares e ocupantes de um Corcel II amarelo, suspeitos de assaltar um posto de combustíveis, trocaram tiros ontem de madrugada, na BR-116. A perseguição estendeu-se por cerca de dez quilômetros e só terminou em Quatro Barras, onde os cinco suspeitos embrenharam-se no mato e fugiram. Horas mais tarde, dois dos acusados foram surpreendidos num ônibus e detidos em flagrante.
O mesmo Corcel fora utilizado pelos cinco homens que roubaram o posto na Avenida Victor Ferreira do Amaral, Tarumã, às 20h30 de segunda-feira. Pelo rádio, a PM foi informada da placa do carro, localizado às 2h por uma viatura do Regimento de Polícia Montada (RPMont), na BR-116, perto do trevo do Atuba. A ordem para que o carro parasse não foi obedecida, o que deu início à perseguição.
Viaturas do 17.º Batalhão e do Serviço Reservado da PM chegaram em apoio, o que não intimidou os fugitivos. “Eles nos fecharam e passaram a atirar contra a viatura”, relatou o tenente Marcelo Veigantes, do RPMont, que chefiou a operação. Na altura do bairro Menino Deus, em Quatro Barras, o pneu do Corcel foi atingido por um balaço, o que obrigou os suspeitos a parar o carro e prosseguir a fuga por um matagal. Os cinco ocupantes desapareceram da vista dos policiais, que escaparam ilesos dos tiros.
Presos
O Corcel, com litros de bebida e alimentos roubados do posto, foi encaminhado à delegacia de Quatro Barras. Como os primeiros raios da manhã já se aproximavam, a PM decidiu abordar os ônibus metropolitanos que começavam a circular. “No mato eles não iriam ficar”, falou o tenente. Num dos coletivos revistados, na Estrada da Graciosa, Miguel Nascimento Ramos Neto, 26 anos, que estava armado, foi detido. Meia hora depois, outro homem foi abordado: José Sebastião do Nascimento Ramos, 28, irmão do primeiro. “Chamamos as vítimas do posto, que reconheceram o carro e os dois detidos”, disse Veigantes.
Presos em flagrante, os irmãos Ramos, moradores de São José dos Pinhais, negaram envolvimento no roubo. Segundo o escrivão Gilmar Colpani, da delegacia de Quatro Barras, José Sebastião respondeu inquéritos por homicídios e formação de quadrilha. Três suspeitos continuam foragidos.