Um vigilante voltando do trabalho e três rapazes bêbados, que haviam saído de uma casa noturna, se viram frente a frente na Rodovia do Caqui, Jardim Santa Rita, em Campina Grande do Sul. Pior para o trabalhador, roubado e violentamente agredido na noite de 22 de junho Å até hoje ele permanece em coma. Os acusados do crime foram presos na última quarta-feira e apresentados ontem pela delegacia local.
Os detidos Valdir Martins de Oliveira, 21 anos, e Sidnei Alves Ribeiro, 31, contaram que naquele dia, um sábado, beberam por várias horas e mais tarde encontraram o colega Valdriano dos Santos Paulino, 20. A gritaria que promoveram na rua, voltando do “som”, incomodou o vigilante José dos Santos de Ramos, 43, que passava pela Rodovia do Caqui às 23h30. “Ele tentou sacar a arma. Fomos para cima dele para nos defender, senão poderia atirar na gente”, alegou Valdir.
Agressão
Não foi o que contou uma testemunha ouvida pela polícia. Os três homens teriam espancado violentamente a vítima enquanto gritavam “queremos o berro” repetidas vezes. Além dos chutes e socos, até uma garrafa térmica foi usada para bater na cabeça do vigia. Em investigações, a polícia de Campina Grande do Sul identificou os acusados e pediu a prisão preventiva deles, solicitação atendida pela Justiça. O mandado foi cumprido quarta-feira.
No depoimento oficial, Sidnei disse que não participou da agressão, mas confirma que ficou com o revólver calibre 22, arma usada no trabalho pelo vigilante. Sidnei é o único dos três que tem antecedentes criminais Ä já esteve preso por desacato a autoridade, segundo ele próprio, ou por tentativa de homicídio, segundo o delegado Edílson Magalhães.
Desde a data da agressão José está internado em estado de coma no Hospital Angelina Caron. Os acusados, moradores dos bairros Santa Rita e Santa Rosa, em Campina Grande do Sul, foram indiciados por assalto seguido de lesões corporais graves.