O saxofone de R$ 8 mil furtado por ele. |
Preso por policiais da Delegacia de Furtos e Roubos, Antoninho Itacir Barbosa, 38 anos, confessou o arrombamento de 12 apartamentos, nos últimos dias. Com ele foram apreendidos vários eletrodomésticos, computadores e outros objetos furtados, entre eles um saxofone, avaliado em R$ 8 mil.
O delegado Alfredo Dib, da Delegacia de Furtos e Roubos, informou que havia várias ocorrências de apartamentos arrombados. “O ladrão retirava o miolo da fechadura e invadia o apartamento, levando os pertences dos moradores. Isso só ocorria em prédios onde não há porteiros”, relatou o delegado. Ele disse que os investigadores Bimba e Henrique já desconfiavam que Antoninho era o autor dos furtos, pois já havia sido preso por eles em 97, pelo mesmo crime. Um telefonema anônimo confirmou a suspeita dos policiais. A pessoa informou que Antoninho estaria no terminal da Campina do Siqueira.
Os investigadores e seus colegas Rodolfo e Casagrande começaram a fazer campana no local. Eles ficaram vários dias, até que na manhã de segunda-feira localizaram o suspeito. Antoninho estava acompanhado de seus filhos menores, de 7 e 8 anos. “Os policiais deram voz de prisão. Para não algemá-lo na frente das crianças, pediram que os acompanhasse. Antoninho saiu correndo”, informou o delegado.
Prisão
Ele disse que os policiais correram atrás de Antoninho, por aproximadamente um quilômetro, e o detiveram. Depois retornaram para o terminal, onde as crianças estavam apavoradas com a situação. Os menores foram levados até Campo Largo e entregues para a mãe e Antoninho recolhido ao xadrez. “Ele é o maior arrombador do Paraná e sua primeira passagem foi em 1983, na Delegacia de Furtos e Roubos”, contou Dib. Ele disse que aguarda as vítimas para retirar os objetos furtados. “As investigações continuam no sentido de identificar e prender o receptador”, acrescentou o delegado.
Confissão
Antoninho contou que costumava praticar os arrombamentos no início da manhã, quando a maioria das pessoas sai para trabalhar. Usando uma “mixa” (chave falsa) e um grifo (chave usada para cortar encanamento), ele entrava com facilidade nos apartamentos e arrecadava os objetos que lhe interessavam. Depois colocava tudo em uma mala grande e ia embora de ônibus. O preso confessou ter arrombado apartamentos no Juvevê, Cabral, Centro, Água Verde, Portão e Centro Cívico. “Eu saía na rua, passava em frente ao prédio. Quando achava que dava para entrar, eu arrombava”, disse Antoninho.