Não adiantou esconder os dois quilos de crack atrás do painel do carro, para driblar a fiscalização da polícia, pois ela já esperava por Miguel Romão Rypchinski Júnior, 36 anos. Ele já era investigado há um mês e foi preso ontem à tarde, em São José dos Pinhais, por policiais militares do Serviço Reservado e da Rondas Ostensivas Tático Motorizadas (Rotam), do 17.º Batalhão.
A situação do detido complicou quando a polícia encontrou uma pistola Taurus ponto 40, de uso restrito da polícia, que, mais tarde, os delegados Osmar Dechiche e Rogério de Castro, da Divisão de Narcóticos (Dinarc) e Delegacia Antitóxicos (Datox), respectivamente, descobriram tratar-se de uma das armas roubadas do 9.º Distrito Policial (Santa Quitéria), durante o arrebatamento de presas, em 17 de março deste ano.
Durante depoimento informal na Datox, Miguel confessou o porte da droga, porém, sobre a arma, disse que não era sua e não sabia como foi parar em seu carro. As pessoas que participaram do arrebatamento do 9.º DP já foram identificadas, e a polícia tenta agora ver qual a relação de Miguel com os arrebatadores.
Prisão
Enquanto dirigia sua caminhonete Strada pela Avenida Comendador Franco (Avenida das Torres), Miguel foi cercado pelos policiais, que já o aguardavam próximo ao portal de São José dos Pinhais. Miguel não resistiu à abordagem e prisão. Com ele os policiais encontraram, além da droga e da pistola, R$ 277 e 75 dólares em dinheiro; quatro cheques totalizando R$ 3.500, que a polícia ainda investiga qual a procedência; dois celulares de última geração e um minigravador. Miguel ainda tinha consigo uma carteira de ?Detetive Profissional Federal?, que disse ter obtido junto a órgão federal, após cursos e treinamentos, tendo direito de atuar na esfera particular.
O detido disse aos policiais que não sabia qual era o destino da droga. Ele aguardava o telefonema de uma pessoa que não conhece, que lhe diria onde e a quem entregar o crack.
