Era quase fim de expediente, quando o pedreiro Valdinei Cardoso, 34 anos, que trabalhava na reforma de um lava-car, foi morto com três tiros. O assassino tentou escapar por uma rua transversal, tentou fazer uma moradora refém e escapou pelo quintal da casa dela. O crime aconteceu no final da tarde de ontem, na Rua Clara Polsin, Novo Mundo. Segundo levantamentos de policiais civis e militares, o desconhecido foi diretamente ao pedreiro e, sem falar nada, atirou três vezes, atingido a cabeça e peito de Valdinei.
Jaime da Maia, dono do lava-car, contou que, após ouvir os tiros, viu os outros pedreiros parados no pátio e um homem correndo com uma arma na mão. Num impulso, pegou seu carro e seguiu o marginal. Na esquina do lava-car, na Rua Arthur Polzin, encontrou-o tentado fazer funcionar uma moto. Jaime o derrubou e o bandido fugiu a pé.
Correria
Ele entrou em uma casa, tentou fazer a moradora refém, mas desistiu e escapou pelo quintal, sentido Vila Fani. Ele deixou cair um capacete preto, recolhido por investigadores da Delegacia de Homicídios. Dentro, havia fios de cabelos loiros.
O bandido era um homem moreno claro, com cerca de 1,70 de altura, magro, que vestia calça de moletom cinza clara e camisa branca. A moto que ele usava não tinha alerta de roubo ou furto e está registrada num endereço do Tatuquara.
Antônio Cardoso, pai de Valdinei, revelou que o filho era viciado em drogas e vivia em companhia de amigos ?da pesada?. Antônio nunca ouviu do filho se alguém o perseguia ou o ameaçava. O pedreiro morava numa pensão da Rua Pedro Gusso, não muito longe dali. Com ele, a família tinha seis filhos.
