O pedreiro João de Moraes, 53 anos, foi morto a tiros por ladrões às 12h20 de ontem. Os bandidos o mataram na garagem de casa, na Rua Issac Kriger, Xaxim, e levaram os R$ 2.500 que ele tinha sacado no dia anterior. Os assaltantes sabiam que o pedreiro estava com a grana dentro de casa.
O soldado Graciano, do 13.º Batalhão da Polícia Militar, apurou que, na quarta-feira, João foi ao banco com a irmã, que lhe emprestou R$ 2.500 para pagar um Fox. O pedreiro levou a quantia para casa, para usá-la no dia seguinte, e foi trabalhar, numa obra no Tatuquara.
Ontem, na hora do almoço, vizinhos viram um Gol vermelho estacionar uma quadra antes da casa do pedreiro e dois rapazes, aparentando entre 20 e 25 anos, usando bonés, descerem. Bateram no portão da casa de João, que abriu pensando que fossem conhecidos. Os dois rapazes, um loiro e um moreno, entraram empurrando João e dizendo: “Me dá o dinheiro. A gente sabe que você tem dinheiro aqui”.
Mulher
Com a barulheira, a mulher de João foi ver o que acontecia e também foi intimada pelos ladrões. Depois que ela entregou o que eles pediam, foi trancada no banheiro. “Ela disse que, logo em seguida, já ouviu os bandidos gritando “Não faça isso cara” e os tiros”, contou o soldado. João caiu na calçada de entrada para a garagem, com os três tiros nas costas. Outros três tiros ficaram marcados em paredes e no carro novo.
O soldado acredita que João tentou reagir, pois numa parede há um facão e uma marca de tiro, como se o pedreiro tivesse tentado pegar a arma branca. Os bandidos estavam armados com revólver e pistola, cápsulas calibre 9 milímetros foram recolhidas no chão. Eles não foram reconhecidos pela esposa.
A polícia acredita que outro bandido aguardava a dupla no Gol vermelho. “Se fossem ladrões desconhecidos, não iam esperar o homem chegar em casa e fazer o roubo no dia seguinte. Já tinham feito na saidinha do banco. É alguém que sabia da grana e que ele só ia gastar no dia seguinte”, concluiu o policial.
