Um empregado do Cemitério do Boqueirão será sepultado hoje pelos colegas. Ele foi morto a tiros ontem, dentro de casa, e a polícia acredita que o motivo foi passional. O pedreiro Celso Barreto, 53 anos, tinha marcado de se encontrar com o irmão por volta das 7h, para construir alguns túmulos. Como ele não apareceu e não atendeu o telefone, o irmão ficou preocupado e foi até a casa onde Celso morava sozinho, no final da Rua Zires Ferreira Ribas, Vila Pantanal, no Alto Boqueirão. Encontrou-o morto na cozinha, atingido por quase dez tiros.
Moradores da região contaram para a polícia que ouviram tiros por volta das 22h30 de domingo. Eles não chamaram os policiais, porque garantem que, na vila, é comum ouvir tiros. Celso morava na última casa da rua, ao lado de um matagal, em uma área com pouca iluminação. Ninguém viu o assassino.
Namorador
Irmãos da vítima contaram que Celso morava há dois anos naquele endereço, enquanto esperava uma casa da Cohab. Ele não bebia, não usava drogas e trabalhava muito. Celso era namorador e,por esse motivo, o delegado Fábio Amaro, da Delegacia de Homicídios, acredita em crime passional.
Celso tinha um cachorro de grande porte que, quando a polícia chegou, estava escondido embaixo da cama. Familiares da vítima contaram que o cão não deixava nenhum desconhecido entrar na casa e, portanto, o assassino pode ser conhecido da vítima.