Pedreiro confessa homicídio de aposentada

O homem que confessou ter assassinado a aposentada Maria Trindade de Andrade, 71 anos, na última sexta-feira, foi apresentado ontem na Delegacia de Furtos e Roubos (DFR). Demonstrando calma e frieza, o pedreiro Paulo César da Silva, 20, contou como agiu, alegando ter cometido o crime sob o efeito de álcool e drogas.

Paulo estava trabalhando na casa da mulher junto com outros dois pedreiros. Na sexta-feira ele encerrou o expediente às 17h30 e foi para um bar próximo da casa da vítima, no bairro Santa Quitéria. Depois beber e usar crack e maconha, gastando todo o seu dinheiro, ele voltou à casa da aposentada para pedir R$ 2,00 para a passagem do ônibus. "Ela me deu o dinheiro e me convidou para tomar café. Na cozinha vi uma faca e fiquei louco", contou.

Paulo confessou ter assassinado Maria com 16 facadas na cozinha e depois levou o corpo para o quarto dela, escondendo-o debaixo da cama. Em seguida, ele trocou de roupa e fugiu do local levando um televisor, um videocassete, um rádio e o dinheiro da carteira da aposentada. Há duas quadras dali o pedreiro vendeu os objetos por R$ 100,00 a um desconhecido, que os transportou em um Monza de cor prata. Depois gastou a quantia com drogas e chegou em casa, na Fazendinha, na manhã de sábado. "Se o comprador desses objetos não se apresentar nós iremos solicitar a prisão preventiva dele por receptação", contou o delegado titular da Delegacia de Furtos e Roubos, Rubens Recalcatti.

Prisão

Segundo o delegado Edson José Costa, que comandou as investigações, a primeira pista para elucidar o crime foi a calça suja de sangue, deixada por Paulo na casa de Maria. Com a roupa em mãos, os investigadores foram até a casa do pedreiro, que não foi trabalhar no sábado, e a mostraram para a mãe dele. A mulher confirmou ser do filho e Paulo foi preso em flagrante pelos investigadores Dirceu, Carlos e Gaed. Em princípio, ele negou a autoria do crime, mas depois confessou, levando os policiais até a casa onde havia arremessado a faca no telhado, há algumas quadras do local do crime.

Paulo não tem passagens pela polícia, e agora será indiciado por latrocínio (roubo seguido de morte) ficando recolhido no xadrez da delegacia especializada.

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