O rastro de sangue que marcou a Rua Itapemiri, em Itaperuçu, denunciou o trajeto que o pedreiro Hilário Bretschneicer, de aproximadamente 30 anos, fez antes de morrer. Executado a tiros por volta das 5h da madrugada de ontem, Hilário foi encontrado no meio da rua, ao lado de um revólver calibre 38. Junto ao corpo apenas uma carteira de cigarro e um isqueiro. Segundo o irmão da vítima, Orlando Bretschneicer, 40 anos, o pedreiro já havia sido preso por porte de drogas, o que reforça a hipótese de ele ter sido morto por envolvimento com o tráfico.
Segundo alguns moradores, os primeiros disparos foram ouvidos no início da rua, quando Hilário foi baleado na virilha. Machucado, ele teria andado cerca de 20 metros até ser alvejado com um tiro na cabeça e tombou morto. Ao chegar no local, o 17.º Batalhão da PM encontrou um revólver, com quatro balas intactas e um cartucho deflagrado, que teria sido usado pelo pedreiro para se defender. Assim que foi verificada a procedência da arma, os policiais apuraram que o revólver continha registro de roubo.
A polícia não soube precisar o motivo do crime, mas o irmão da vítima não tem dúvida que ele foi morto por envolvimento com drogas. “Não dá para esconder a verdade. Apesar de ele ter parado de usar drogas há algum tempo, tenho certeza de que ele foi morto por isso, pois não vejo outra explicação”, afirmou Orlando. O perito do Instituto de Criminalística recolheu o revólver para exames complementares e só assim poderá precisar se arma foi usada pela vítima.
