Irani Serafim dos Santos, 42 anos, também conhecida por “Sônia”, foi morta com um tiro no rosto e outro à queima-roupa abaixo da nuca, pouco depois da meia-noite de terça-feira. Ela estava na sala de uma casa da Rua do Cedro, Jardim Bonfim, em Almirante Tamandaré. O autor dos disparos, o pedreiro Valdir de França, 28 anos, foi detido por policiais militares do 17.º Batalhão de Polícia Militar e levado à delegacia local.
Num primeiro momento o detido contou que a mulher estava tentando roubar sua residência e por isso a matou. “Ela tinha entrado no portão e tentava levar os carros”, disse, sem explicar porque Irani estava na sala da casa quando foi morta. Valdir afirmou ser casado com a dona da residência, Patrícia, porém ela disse já estar separada dele. O casal tem dois filhos pequenos.
Uma segunda versão, também confusa, foi apurada pelos soldados Roberto e Machado. Valdir e Irani estariam bebendo em um bar próximo. Os dois foram até a casa onde ela seria morta e iniciaram uma discussão, presenciada por outras pessoas.
Terceira versão
No interrogatório oficial à delegacia de Almirante Tamandaré, ontem de manhã, Valdir relatou o crime de uma terceira maneira. Ele conta que estava num bar e à noite foi à casa da ex-mulher, sentando-se no sofá da sala. A certa altura Irani, que o acusado disse não conhecer, bateu à porta e entrou. A visitante teria dito a Patrícia que estava arranjando-lhe um novo namorado. “Valdir afirma que não gostou da conversa e mandou Irani não aparecer mais ali. Como estava embriagado, alega não lembrar detalhes de como atirou na mulher”, disse o superintendente Alexandre Gonçalves, da DP de Tamandaré.
Depois de matar Irani, ele tentou fugir, mas os policiais militares conseguiram detê-lo quando tentava pular um muro nas proximidades. De acordo com registros da PM, Valdir responde por um homicídio e por duas lesões corporais, mas os antecedentes não foram confirmados pela delegacia da cidade, que ainda ouvirá as testemunhas para chegar a uma conclusão sobre o caso.