Waldomiro Rodrigues da Silva, 36 anos, preso em Piraquara, em 25 de abril por pedofilia, era caçado pelo FBI (polícia federal dos Estados Unidos), e pela Polícia Federal há mais de um ano e meio. Segundo as investigações, ele fazia parte de uma grande rede internacional de pedófilos que compartilhavam vídeos e fotografias de crianças nuas ou sendo abusadas sexualmente.

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Ele foi detido pelo Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), com Edson Mariano Atanásio, 29. Com os dois, os policiais encontraram 32 mil arquivos de imagens sexuais de crianças, com idade entre 5 e 12 anos, que circularam pela internet. O conteúdo das imagens revoltou os policiais. Pelo menos dez crianças foram até a delegacia e reconheceram os criminosos. Todas tiveram relações sexuais com eles, inclusive com Edson, que é portador de HIV e não usava preservativo. Eles costumavam pagar entre R$ 5 e R$ 40 para os menores e agiam principalmente contra crianças carentes.

Dificuldade

“Waldomiro enviava imagens para pedófilos dos Estados Unidos e do Brasil. Por isso a polícia norte-americana estava atrás dele e trabalhava em conjunto com a PF. Entretanto, não conseguiam capturá-lo porque ele usava computadores de lan houses e de locais públicos para enviar as imagens e ele sempre usava nomes falsos”, explicou o delegado Amarildo Antunes do Cope. A dupla usava perfis em redes sociais para atrair as crianças e estava envolvida em grupos religiosos, escoteiros e uma ONG.

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A polícia só conseguiu prendê-los depois que a mãe de um garoto, de 12 anos, marcou um encontro com os suspeitos via internet, se passando pelo filho. Na época, ela afirmou que estava há sete dias procurando ajuda da polícia. Depois de ir a várias delegacias, recebeu ajuda no Cope.

Conforme revelou Amarildo, o material apreendido com os pedófilos, além do conteúdo do inquérito, foi repassado para PF, que o enviou para o FBI. “Eles querem usar esses dados para localizar e prender outros envolvidos dessa rede internacional de pedofilia”, comentou o delegado.

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Investigação

Ele salientou que o Cope continua investigando e enviando informações para PF e FBI. “Eles tinham mais de 90 meninos na lista de amigos nas redes sociais. Mais vítimas devem aparecer”, disse. O telefone do Cope é 3217 2900.