Flávio Hornug Neto, presidente da Câmara Municipal de Reserva, e filiado ao PMDB, poderá ser preso ainda hoje. Na segunda-feira pela manhã, ele confessou que matou a tiros o presidente do Partido Comunista do Brasil (PC do B) de Reserva, Nelson Renato Vosniak, 32 anos, na noite de domingo. O delegado Wallace de Oliveira Brito, titular da delegacia do município, solicitou ontem a prisão preventiva de Neto, que deve ser concedida hoje pela Justiça.
O presidente da Câmara entregou a arma usada e confessou o crime aos delegados Wallace e Luiz Alberto Cartaxo Moura, chefe da Divisão Policial do Interior, designado na segunda-feira pelo secretário de Estado da Segurança, Luiz Fernando Delazari, para acompanhar pessoalmente e dar agilidade às investigações. Cartaxo considera o caso resolvido. ?O autor se apresentou e já foi interrogado. O fato está esclarecido?, disse Cartaxo. Já o delegado Brito acredita ser necessário mais alguns esclarecimento. ?O desentendimento entre os dois parece ser antigo, mas vamos continuar investigando?, disse, alegando a possibilidade de assassinato por motivação política.
Perseguição
Hornug Neto diz que na noite de domingo notou Vosniak e mais duas pessoas num veículo o perseguindo. Ao avistar uma das pessoas manuseando uma arma, ficou com medo de ser morto e atirou contra o outro carro, alegado atuar em legítima defesa. Ele diz que há meses vinha sendo ofendido por Vosniak, e, por isso, pensou que o trio no carro o estava seguindo para matá-lo. Geovani Welki Pinto, que trabalhava com o presidente do PC do B de Reserva, e também estava no carro, foi atingido com um tiro no pescoço e levado a um Hospital de Telêmaco Borba. A terceira pessoa que estava no veículo de Vosniak fugiu do local e se apresentou à polícia depois, pedindo para não ter seu nome divulgado por questão de segurança.
Hornug Neto responderá por homicídio e tentativa de homicídio, podendo pegar de seis a vinte anos de prisão caso o juiz considere um homicídio simples. Se for qualificado, ele pode amargar entre 12 e 30 anos na cadeia.
