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Paulo diz que foi enganado.

Temendo pela própria vida, Paulo César Okinski, 23 anos, se apresentou sem advogado, na quinta-feira, na delegacia de Fazenda Rio Grande, e confessou ter assassinado sua ex-amásia Reni Aparecida Candinho, 25 anos, na noite do último domingo, com um golpe de faca no pescoço. Como Paulo já estava com prisão preventiva decretada, ficou recolhido no xadrez. "Ele alegou que estava sendo ameaçado por parentes da vítima", comentou o delegado Antônio Rocha, titular da DP local.

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Quando interrogado, Paulo afirmou que estava separado de Reni – com quem conviveu durante dois anos e teve um filho – há dois meses. Ele não se conformava com a separação e tentou a reconciliação várias vezes. No sábado, foi até a casa da ex-mulher. Como ela não estava, ficou aguardando e viu quando Reni chegou em um veículo, acompanhada de um homem e, na despedida, beijou-o na boca.

Premeditação

Na noite de domingo, ele foi até a cozinha da casa onde morava e pegou uma faca. Sua mãe viu e tentou arrancar a arma das mãos do filho, sofrendo escoriações. Ele teria comentado com os amigos: "Ela me fez de palhaço. Estava com outro e pediu para que eu esperasse". No interrogatório, ele disse que pretendia dar um susto na ex-mulher.

Após sair do churrasco, Paulo foi até a casa de Reni, na Rua São Luís, Santa Terezinha, em Fazenda Rio Grande. "Apuramos que ele não conversou com ninguém. Porém o Paulo alega que ouviu Reni comentar com a mãe dela que ele estaria agindo daquela forma porque a viu dando um beijo em outro homem", contou o delegado.

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Solicitada a prisão de outro

O delegado de Fazenda Rio Grande, Antônio Rocha, solicitou a prisão preventiva do encarregado de produção Marcelo Martins Marcelino, 24 anos. O rapaz confessou que assassinou a sua ex-mulher Zípora Duarte da Silva, 21, com um golpe de faca no pescoço, no portão da casa dele, na Rua Rio Iapó, Bairro Iguaçu II, em Fazenda Rio Grande, no último dia 12. "Já havia solicitado a prisão preventiva, antes mesmo de ocorrer outro caso semelhante no último domingo, que vitimou Reni Aparecida Candinho. Estamos aguardando a decisão da Justiça", explicou o policial.

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Rocha acredita que o assassinato passional de Zípora possa ter incentivado a ação de Paulo Cezar Okinski a matar a ex-mulher. "É comum, quando ocorre um caso, outras pessoas se inspirarem. Muitas vezes, a pessoa está transtornada, mas não sabe como agir. Ao ver um caso que acha que se identifica com o seu, ela o imita", disse o delegado.