O inquérito policial que apura acidente que deixou quatro pessoas mortas e uma ferida, na manhã de segunda-feira, no Batel, está praticamente concluído. O delegado Armando Braga, da Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran), informou que restam poucas diligências a serem feitas para fechar o caso.

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Considerado o responsável pela tragédia, o condutor da Pajero, Eduardo Miguel Abib, 27 anos, filho do diretor-geral da Assembléia Legislativa do Paraná, Abib Miguel, o “Bibinho”, continua preso.

De acordo com o delegado, o próximo passo da polícia será ouvir o condutor do Citroen C3, Filipe Pires Iannie, 26, que permanece internado no Hospital Evangélico.

“Ele sofreu um traumatismo no peito, mas não corre risco de morrer. Está conversando, mas vamos esperar receber alta para ouvi-lo”, disse Braga. Ele foi o único ocupante do carro que sobreviveu ao acidente.

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Alexandre Cuesta da Silva, 29 anos, Ana Karin Quintanilla Manzo, 19, e Clóvis José de Jesus, 39, morreram no local. Thayná Archângelo Iannie, 18, morreu na ambulância do Siate.

O delegado também aguarda os laudos de local de morte e de necropsia, que irão revelar as circunstâncias do acidente, e adiantou que não acredita que os documentos possam indicar a velocidade em que estava o veículo de Eduardo. “Pelo que pudemos apurar, o condutor da Pajero apresentava indícios de embriaguez e estava dirigindo em velocidade acima do permitido”, frisou.

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Eduardo foi preso em flagrante e indiciado por quatro homicídios com dolo eventual (quando o motorista não tem intenção de matar, mas assume o risco em função de seus atos).

Diferente do que foi informado na edição de ontem, o detido estará sujeito à pena de 6 a 20 anos de reclusão, e não de 2 a 4 anos. Ele permanece recolhido no Dedetran.

Acidente

A colisão aconteceu por volta das 6h30 de segunda-feira. O Pajero conduzido por Eduardo atingiu a lateral do Citroen C3, dirigido por Filipe, no cruzamento da Rua Francisco Rocha com a Avenida do Batel.

Os quatro mortos e o ferido estavam no Citroen. Eram membros da Igreja Mundial do Poder de Deus e seguiam para São Luiz do Purunã para fazer uma filmagem.

Filipe é pastor e marido de Thayná. Alexandre também era pastor e estava acompanhado da mexicana Ana Karin. Clóvis era cinegrafista. Os corpos de Thayná e Alexandre já foram liberados pelas famílias.