Ao passar pelo Guabirotuba, um taxista pegou um passageiro que morreria em poucos minutos. Durante a corrida, Roberto José Mueller, 30 anos, passou mal, e perdeu os sentidos logo depois de chegar ao Hospital Cajuru. Lá, enfermeiros encontraram, no peito da vítima, uma perfuração por arma de fogo.
Roberto embarcou com a expressão assustada no táxi, uma Meriva, pedindo para ser encaminhado a qualquer hospital, às 17h30 de segunda-feira. O veículo estava parado no sinaleiro da esquina da Linha Verde e Avenida Senador Salgado Filho.
Em depoimento ao delegado Rubens Recalcatti, da Delegacia de Homicídios, o taxista declarou que Roberto não tinha manchas de sangue na roupa e aparentava estar bem, já que chegou andando até o táxi. “Ele deve ter trocado de roupa depois de ser baleado, porque um tiro no peito elimina muito sangue”, deduz o delegado.
Hospital
Logo no início do trajeto, o passageiro fez um movimento brusco com a cabeça e começou a babar. O taxista acelerou, mas 20 minutos depois de chegar ao Hospital Cajuru recebeu a notícia de que Roberto morrera, apesar de todos os procedimentos de reanimação.
Roberto morava na Vila Trindade, Cajuru e, de acordo com a família, tirava o sustento da compra e venda de carros. Ele era investigado em quatro inquéritos, respondia a seis processos na Justiça, e tinha pouco contato com os pais.