Henry, Celso, Eduardo e Victor guardam uma fortuna do tráfico. (Fotos: Divulgação)
Anderson Tozato
Secretário Antidrogas pede ajuda da população.

O secretário especial antidrogas de Curitiba, Fernando Francischini, divulgou, ontem, nomes e fotos de quatro estrangeiros ligados a Juan Carlos Abadía, o megatraficante preso no ano passado no Brasil. Esses (venezuelanos ou colombianos) fariam parte de uma rede de proteção ao criminoso. Foragidos, eles podem estar guardando o dinheiro, ainda desaparecido, de Abadía. Eles já estiveram na capital paranaense, segundo o policial. O objetivo da divulgação é localizá-los ou obter qualquer informação sobre os quatro.

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Como afirmou Francischini, as informações disponibilizadas foram levantadas pelo serviço de inteligência da Polícia Federal, durante os três anos de investigação sobre a atuação do traficante no Brasil. ?Os quatro podem estar em Curitiba, São Paulo ou Porto Alegre. Eles fazem parte da rede de proteção e circulavam em Curitiba, tinham residências e empresas de fachada, ficavam em hotéis?, afirma.

Ainda de acordo com Francischini, os quatro ?procurados? podem estar com uma quantia estimada de U$ 35 milhões, aproximadamente R$ 70 milhões, em espécie (dólares e euros). Segundo ele, este dinheiro pode estar ?concretado, enterrado ou no carro, possivelmente uma Hilux Preta, que está desaparecida?.

Em 2007, quando Abadía foi preso em São Paulo, durante a Operação Farrapos, em Curitiba foi preso o uruguaio Victor Garcia Verano, que fazia parte da quadrilha do traficante. ?Na cidade ele tinha a empresa de fachada Euro Investimentos Imobiliários, para lavagem de dinheiro, e morava num apartamento na Praça do Japão. Verano era uma dessas pessoas da rede de Abadía. Apenas ele foi preso, os outros estão foragidos?, explica.

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Os procurados são Victor Manoel, Henry Edval Lagos, Celso Daniel Amarilla e Eduardo José Terrado Rubio. As imagens deles, também disponíveis no site da Secretaria Especial Antidrogas, são de um ano atrás. ?Com essa divulgação queremos que a população colabore, fornecendo qualquer informação. Esta será repassada para as autoridades competentes. A secretaria está preocupada com a cidade. Essa rede esteve aqui e, mesmo tendo perdido o cabeça, pode se reorganizar dentro do País?, diz Francischini.

Atividades

O fornecimento desses dados, segundo o secretário, faz parte de um dos trabalhos iniciais da nova secretaria, que é de inteligência auxiliar. ?Queremos fazer com que informações de alta confiabilidade cheguem às polícias Civil, Militar e Federal?, afirma. Ainda de acordo com Francischini, o órgão está formando o próprio setor de inteligência, o primeiro em nível municipal.

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Outra ação da secretaria, como adiantou o secretário, é formar um canil preventivo de cães para faro antidrogas. ?Cinco labradores estão sendo treinados e serão levados para atuar em shows e escolas municipais (substituindo a revista aos alunos, feita pela Guarda Municipal)?, conclui.