Parceiros de Abadía podem estar escondidos em Curitiba

O secretário especial antidrogas de Curitiba, Fernando Francischini, divulgou, ontem, nomes e fotos de quatro estrangeiros ligados a Juan Carlos Abadía, o megatraficante preso no ano passado no Brasil. Esses (venezuelanos ou colombianos) fariam parte de uma rede de proteção ao criminoso. Foragidos, eles podem estar guardando o dinheiro, ainda desaparecido, de Abadía. Eles já estiveram na capital paranaense, segundo o policial. O objetivo da divulgação é localizá-los ou obter qualquer informação sobre os quatro.

Como afirmou Francischini, as informações disponibilizadas foram levantadas pelo serviço de inteligência da Polícia Federal, durante os três anos de investigação sobre a atuação do traficante no Brasil. ?Os quatro podem estar em Curitiba, São Paulo ou Porto Alegre. Eles fazem parte da rede de proteção e circulavam em Curitiba, tinham residências e empresas de fachada, ficavam em hotéis?, afirma.

Ainda de acordo com Francischini, os quatro ?procurados? podem estar com uma quantia estimada de U$ 35 milhões, aproximadamente R$ 70 milhões, em espécie (dólares e euros). Segundo ele, este dinheiro pode estar ?concretado, enterrado ou no carro, possivelmente uma Hilux Preta, que está desaparecida?.

Em 2007, quando Abadía foi preso em São Paulo, durante a Operação Farrapos, em Curitiba foi preso o uruguaio Victor Garcia Verano, que fazia parte da quadrilha do traficante. ?Na cidade ele tinha a empresa de fachada Euro Investimentos Imobiliários, para lavagem de dinheiro, e morava num apartamento na Praça do Japão. Verano era uma dessas pessoas da rede de Abadía. Apenas ele foi preso, os outros estão foragidos?, explica.

Os procurados são Victor Manoel, Henry Edval Lagos, Celso Daniel Amarilla e Eduardo José Terrado Rubio. As imagens deles, também disponíveis no site da Secretaria Especial Antidrogas, são de um ano atrás. ?Com essa divulgação queremos que a população colabore, fornecendo qualquer informação. Esta será repassada para as autoridades competentes. A secretaria está preocupada com a cidade. Essa rede esteve aqui e, mesmo tendo perdido o cabeça, pode se reorganizar dentro do País?, diz Francischini.

Atividades

O fornecimento desses dados, segundo o secretário, faz parte de um dos trabalhos iniciais da nova secretaria, que é de inteligência auxiliar. ?Queremos fazer com que informações de alta confiabilidade cheguem às polícias Civil, Militar e Federal?, afirma. Ainda de acordo com Francischini, o órgão está formando o próprio setor de inteligência, o primeiro em nível municipal.

Outra ação da secretaria, como adiantou o secretário, é formar um canil preventivo de cães para faro antidrogas. ?Cinco labradores estão sendo treinados e serão levados para atuar em shows e escolas municipais (substituindo a revista aos alunos, feita pela Guarda Municipal)?, conclui.

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