Paranaense é enterrada sem autorização na Argentina

A Procuradora da Fazenda Nacional, a paranaense Lúcia Maria Maia Butture, morreu num acidente automobilístico no último sábado, em Córdoba, na Argentina. A família de Curitiba foi avisada no mesmo dia. Porém, não bastasse a trágica notícia, quando foram buscar o corpo, na segunda-feira, os familiares foram surpreendidos. A curitibana já havia sido enterrada. Agora, eles passam pelo drama de tentar reverter essa situação para conseguir trazer o corpo para o Paraná.

A notícia sobre o acidente que envolveu a procuradora de 56 anos, o namorado argentino Horácio Bryan, 51 anos, e a mãe dele, Maria Etelvina Capelletti, 81, foi publicada em três jornais de Córdoba. Segundo os relatos, na cidade de Bell Ville, a cerca de 200 quilômetros da capital da província de Córdoba, uma caminhonete Hyundai bateu no Renault 18 no qual estavam os três. A colisão foi na estrada nacional 9. Além de Lúcia, Maria Etelvina também morreu. Horácio foi encaminhado para o Hospital Ramón Ceballos, onde permanece internado.

Como conta um amigo da família de Lúcia, Armando Jacob Mehl, a procuradora era curitibana, mas trabalhava em Foz do Iguaçu. Ela estava na Argentina a passeio com o namorado. A mãe e os quatro irmãos dela ficaram sabendo do acidente ainda no sábado. ?Como não tinha vôo antes, o irmão mais novo de Lúcia e a esposa foram até lá na segunda para tratar do translado do corpo, que seria enterrado em Curitiba?, conta.

Ainda segundo ele, quando o irmão e a cunhada chegaram no aeroporto de Córdoba, receberam a notícia de que ela já estava enterrada com a mãe do namorado, na cidade de Cosquín. ?A família do namorado, talvez num ato de desespero, enterrou Lúcia sem pedir autorização para a família e nem avisar. Agora, o irmão está lá, já contratou um advogado, comunicou às autoridades brasileiras, mas não está conseguindo reverter a situação. A família está sem saber o que fazer?, relata Armando.

A reportagem de O Estado tentou entrar em contato com o consulado do Brasil em Córdoba, na Argentina, mas o escritório já estava fechado.

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