As explosões criminosas a caixas eletrônicos no Paraná caíram de 57 para 35 ações nos primeiros quatro meses deste ano em comparação com 2012, segundo registradas pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp). Entretanto, todo o ano passado registrou aumento de 500% em relação ao anterior. Os dados foram mostrados, ontem, na Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa, presidida pelo deputado Leonaldo Paranhos (PSC).

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Com arrombamentos feitos com maçarico, chaves de fenda e serra copo, o número de ataques a caixas neste ano, chega a 44. O Santander foi o que mais sofreu ataques, com 24 arrombamentos; seguido pelo Bradesco, com oito; Itaú, com cinco; e Banco do Brasil, com três. Caixa Econômica Federal e HSBC não sofreram ações desse tipo.

Informação

Para o delegado-titular do Centro de Operações Especiais da Polícia Civil (Cope), Amarildo Antunes, o melhor fluxo de informações com a polícia e investimento nos mecanismos de segurança inibem esse tipo de crime. “A Caixa trabalha muito bem em parceria com a Polícia Federal e tem excelente comunicação com as polícias Civil e Militar. Há bancos que comunicaram a polícia, mais de 24 horas depois. Aí fica difícil combater o crime”, declarou.

O delegado defendeu que medidas simples como os biombos, fizeram reduzir drasticamente outros tipos de crimes, como as “saidinhas” de banco. Para ele, sistemas de destruir ou danificar as cédulas ajudam a desestimular os arrombamentos, mas o principal desestímulo é a prisão dos ladrões.

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Rigor

Os bancos defendem mais rigor no comércio de explosivos, já quem ninguém é preso por carregar dinamite. Já a Promotoria de Justiça da Defesa do Consumidor do Ministério Publico do Paraná, aponta como caminho o mapeamento das agências de autoatendimento, bem como análise do risco de onde elas são instaladas. “O risco de um caixa eletrônico em um posto é alto, já que ele é alvo de explosivo. A polícia deveria ser comunicada sobre a localização de cada agência e avaliar a viabilidade de cada instalação”, sugeriu o promotor Maximiliano Deliberador.

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