Pai paga com a vida por dívida de filho em Campo Largo

Não bastasse ser o responsável por mais de 90 por cento dos assassinatos ocorridos em Curitiba e na Região Metropolitana, ao tráfico de drogas também são atribuídas as forma mais violentas e absurdas de execuções, nas quais inclusive pais de pequenos traficante ou viciados que estão em dívida com “patrões”, estão pagando com a vida o desleixo dos filhos.

Há duas décadas, quando a maconha era a droga mais popular e a cocaína era consumida pela elite, os crimes com requintes de crueldade já eram obra dos traficantes, que desta forma pretendiam intimidar os usuários, para que os pagamentos fossem feitos rigorosamente em dia.

Num passado mais recente, o tráfico passou a se vingar do devedor matando seus parentes mais próximos, especialmente pais e mães. Só neste mês, dois casos foram registrados pela polícia.

Ontem, por volta das 0h40, na Rua São Lucas, bairro Ferraria, em Campo Largo, o encanador Otacílio Roberto Machado, 57 anos, foi executado a tiros dentro de sua própria casa.

Os assassinos invadiram a residência a procura do filho do encanador. Como não o encontraram, vingaram-se no pai. Há informações de que o jovem estava na casa, escondido num dos quartos, e conseguiu escapar dos marginais.

Só não esperava que os bandidos atirassem em seu pai. A polícia não confirmou que o motivo do crime foi “bronca de drogas”, afirmando que necessitava fazer outras diligências para confirmar o fato, porém a suspeita é neste sentido.

Vizinhos levaram Otacílio ao Posto de Atendimento 24 horas do Campo Comprido, em Curitiba, onde o encanador já chegou praticamente sem vida. A polícia não tem informações ainda de quem sejam os matadores.

Boa Vista

O outro caso ocorreu no último dia 5. Joseni Sebastiana Santos, 42 anos, foi morta dentro de casa, na Rua Carlos de Campos, no Boa Vista, na frente dos filhos de 2, 7 e 9 anos.

Os bandidos procuravam pelo filho mais velho dela, de 22 anos, para cobrar uma dívida de drogas. Como não o encontraram, fuzilaram a mãe no lugar dele, sem qualquer preocupação com as crianças que assistam à cena.

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