Lino e Sebastiana foram
apanhados com drogas e dinheiro.

Dois meses de monitoramento feito por policiais da Divisão de Narcóticos (Dinarc) resultaram na prisão de Lino José Claro, 56 anos, e da filha dele, Sebastiana Claro da Silva, 24, na tarde de ontem, na Moradias Cajuru. De acordo com o delegado Alfredo Dib Júnior, o detido é responsável pelo gerenciamento e distribuição de entorpecentes naquela área e sua prisão desarticula grande parte do esquema do tráfico em uma das regiões mais violentas de Curitiba.

As investigações partiram de denúncias contra Lino, através do telefone 181 – Narcodenúncia -, e de documentos enviados pelo Juízo da Vara de Infância e da Juventude relatando que, na Moradias Cajuru, havia aumentado o número de adolescentes que estavam se prostituindo para obter dinheiro para manter o vício das drogas. Diante das informações foram aprofundadas as investigações sobre Lino e sua filha. “Tínhamos que prender os responsáveis pela distribuição da droga. Assim, os viciados não teriam de quem comprar”, explicou o delegado.

Prisão

De posse de um mandado de busca e apreensão, policiais da Dinarc esperaram a chegada de Lino na casa de Sebastiana, na Rua Estevam Ribeiro de Souza Neto, e cumpriram a determinação da Justiça. Conforme Dib, foram encontradas drogas escondidas em roupas infantis e até mesmo na vagina de Sebastiana – estas achadas na revista pessoal feita por policiais femininas. Com Lino e dentro da casa foi encontrado dinheiro da venda de entorpecentes. No total foram apreendidas 5 gramas de maconha, 16 pedras de crack e aproximadamente R$ 1.000,00 em notas de baixo valor, além de aparelhos de som e videogames, aparelhos normalmente utilizados como moeda de troca para a compra de drogas. Pai e filha foram presos em flagrante pelo delegado adjunto Wallace de Castro e autuados por tráfico de drogas e associação para o tráfico.

De acordo com o delegado Wallace, Sebastiana afirma que a droga era para uso próprio, porque é viciada. Já o pai dela disse não ter envolvimento com o tráfico e que somente a filha é responsável pelo material apreendido.

Antecedentes

O delegado Dib informou que “Véio Lino”, como é conhecido entre os policiais, é um “bagre ensaboado”, difícil de ser localizado e preso. “Normalmente, ele passa na casa da filha apenas para pegar o dinheiro arrecadado com a venda das drogas, mantendo-se afastado da comercialização direta”, explicou Dib.

Lino tem antecedentes criminais por porte ilegal de arma, uso e tráfico de drogas.

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