Ao contrário das informações dadas pela polícia, que investiga o paradeiro da cafetina Mirlei de Oliveira, 47 anos, dona de um dos mais conhecidos e bem freqüentados prostíbulos da Região Metropolitana de Curitiba, o pai de santo “Veco”, afirma que jamais foi sustentado por ela. Segundo ele, todo o dinheiro que recebeu da “baronesa do sexo” foi referente aos trabalhos realizados para sua proteção espiritual. O Centro Espirita Zé Pelintra funciona ao lado da chácara de Mirlei, em Colombo.
Em contato com a redação da Tribuna, “Pai Veco” disse que trabalha há 40 anos e possui muitos filhos-de-santo. “A Mirlei freqüentava meu centro há muito tempo, pois nos conhecemos antes mesmo de eu me mudar para ao lado da chácara dela, há três anos. Porém, nossa relação sempre foi profissional, ela nunca me sustentou, apenas pagou pelos trabalhos de proteção espiritual que fazia para ela, visto que eu era seu guru”, disse “Pai Veco”, afirmando que Mirlei é muito ligada ao espiritualismo, viajando até mesmo para a África em visita a outros pais-de-santo.
De acordo com as investigações policiais, as garotas de programa que viviam na chácara da “baronesa” eram obrigadas por ela a freqüentar o centro de “Pai Veco” e a pagar pelos trabalhos. O pai-de-santo nega qualquer participação no esquema. “As moças freqüentavam o meu centro esporadicamente e de forma voluntária. Elas queriam resolver problemas emocionais e por isso faziam energização e banhos de descarrego”, finalizou “Pai Veco”, afirmando sua total isenção nas atividade desenvolvidas por Mirlei.