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Osni passou mal
durante o julgamento.

Foi condenado a 52 anos de reclusão, o pai-de-santo Osni Noronha, 59 anos, por ter matado seus filhos, o cunhado e ter atentado contra a ex-sogra. A sessão no Tribunal do Júri começou às 9h e se prolongou até às 23h36, quando foi lida a nova sentença pelo juiz Rogério Etzel. Foram ouvidas sete testemunhas, quatro da defesa e mais três de acusação.

O advogado Matheus Gabriel Rodrigues de Almeida já avisou que irá entrar com recurso na segunda-feira, por entender que a decisão foi contrária às provas dos autos. Enquanto isso, a assistência de acusação comemorava a decisão dos jurados com a família das vítimas. A defesa tentou provar que tudo não passou de uma armação para o réu e que ele não teria motivos para matar os filhos. Porém, o assistente da promotoria, Alexandre Knopfholz, contestou a veracidade de um dos depoimentos da defesa ouvidos ontem. A mulher de Osni, Inês de Oliveira Noronha, chorou ao saber da nova condenação do marido.

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Este é o segundo julgamento de Noronha. No primeiro ele foi condenado a 54 anos de reclusão. Agora ele foi condenado por 5 votos a 2, a 17,4 anos pela morte de cada filho, por 7 votos a 0 a 12 anos pelo homicídio do excunhado e por 7 a 0, a 8 anos pela tentativa de homicídio contra Elone (FS e VB)

Resignada, mulher assiste julgamento

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Apesar de ser traída pelo marido durante vários anos, Inês de Oliveira Noronha, estava apreensiva, ontem, durante o julgamento de Osni Noronha. "Apesar de tudo, acredito que ele não matou aquelas crianças. É uma pessoa muito boa e ajudava todo mundo. Acredito que armaram para ele", salientou Inês.

Ela disse que durante todo o tempo sabia do relacionamento amoroso de Osni e Carla. "Mandei investigar tudo. Eu não tenho raiva dele por isso. Ela uma menina nova, ele dava carro do ano. Um dia, soube que ele estava na concessionária tirando um carro novo. Até nos meus carros ela andava. Mas já passou. Ele estava cego. Estas acusações são mentirosas", salientou Inês. "Eu conheço meu marido. Somos casados há 40 anos. Quero que tudo isso acabe. Não quero vingança, sou quero viver em paz com meu marido", salientou Inês.

Mãe chora morte dos filhos

Carla Pilatti, ex-amante de Osni Noronha e mãe de Lucas Raziel Pilatti Noronha, 4 anos, e Maria Clara Pilatti Noronha, de 2, prestou depoimento na tarde de ontem, no Tribunal do Júri. Emocionada, Carla lembrou da noite de 16 de dezembro, quando ocorreu a tragédia que resultou na morte das duas crianças e de seu irmão Fernando Pilatti, 22, além de ferimentos em sua mãe, Elone Pilatti.

Ela contou que foi amante de Osni durante oito anos, sendo as duas crianças fruto da relação amorosa. Carla alegou que queria o fim do relacionamento porque Osni não concordava em abandonar sua família para viver com ela. Carla desmanchou o relacionamento três meses antes da tragédia. "Espero que ele pegue mil anos de cadeia", frisou a moça.

De acordo com a acusação, Osni convidou Carla para ir até uma chácara, em Mandirituba. Temendo as ameaças feitas anteriormente pelo ex-amante, a jovem pediu para o irmão ir junto, ambos ocupando um Escort. Pouco antes do retorno, por volta das 22h, Osni teria sacado o revólver calibre 38 e forçado Carla a levá-lo até sua casa, onde encontrou Elone, contra a qual disparou o primeiro tiro, ferindo-a de raspão no queixo. Em seguida, fez outro disparo, atingindo o peito de Fernando. Depois tornou a descarregar a arma na cabeça dos filhos.